Prólogo do Jornal O Continente (01.08.1953)

Entregamos hoje, amigo leitor, à vossa elevada crítica, a primeira edição deste nosso semanário. Não somos, é verdade, pioneiros de imprensa nesta terra de Vasco Coutinho. Outros nos antecederam e o fizeram com mais brilho, por certo. Nos fastos de nossa vida jornalística há páginas de intenso civismo, rasgos de elevado idealismo a confundirem-se com filigranas de espírito, brejeiras poesias e pitorescas sátiras. E lá no passado ficaram como marcos de épocas memoráveis, "O Farol", "O Lutador", "O Município", "A Tesoura" e o "Bisturi".
Dentro em suas páginas fala uma geração de idealistas, fala uma plêiade de bons canelas-verdes, que souberam dignificar e defender este pedaço de terra que Palácios transformou em Feudo Divino. Este o legado que nos é transferido hoje. Reconhecemos, todavia, que a incumbência é superior à nossa capacidade. E, assim sendo, amigo leitor, dividimos com todos vós a responsabilidade do êxito dessa tarefa — que nos propomos realisar — porque temos que suprir as nossas deficiências com o vosso apoio, para que o desfalecimento não nos encontre nunca. "O Continente" será espiritualmente vosso. Será o espelho de vossos desejos, o veículo de vossas aspirações. Aqui se abrigarão todas as vossas justas pretensões. Sobretudo, será o arauto das reivindicações do nosso município, que até hoje não tem feito outra coisa senão esperar. Vila Velha precisa de um jornal. Seria vaidade julgar que vimos atender a essa imperiosa necessidade. Enquanto, porém, não aparecer melhor empreendimento, aqui estaremos modestamente, trabalhando e combatendo, aplaudindo, criticando, enfim, fazendo um pequeno jornalismo com um grande argumento: a verdade.
WALTER DE AGUIAR
Fonte: Jornal O Continente, 1º de agosto de 1953
Redator-chefe: Antonio Gil Vellozo
Diretor: Walter de Aguiar
Compilação: Walter de Aguiar Filho, janeiro/2020
Fomos procurar lá para os lados da Engenharia, no último domingo pela tarde, uma velha conhecida nossa da Ilha do Príncipe
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