A Província no Império
No período monárquico imperial o capixaba se aperfeiçoou politicamente, criou consciência cívica, clamou pelo progresso moral e material, mas os recursos financeiros estavam na dependência de sua economia rural estacionária, senão, em decadência. Não havia indústria. Os engenhos diminuíam em número e os alambiques de cachaça mal produziam para o consumo. O algodão, cujo plantio hoje não passa de reminiscência, foi fonte de renda apreciável na era colonial. Fiava-se em casa e era ocupação das mulheres a tecerem seus panos grosseiros, exportando alguns para a Bahia e Rio de Janeiro. A produção principal era a da farinha de mandioca, cuja fama se firmava, notadamente, a de S. Mateus e Conceição da Barra. O corte de madeira tornava-se difícil e a exploração para construção naval embaraçada por leis restritivas. O café mal produzia as primeiras arrobas, e reclamava mão-de-obra e estradas. A Província se embaraçava em problemas graves. O povo pedia, a Assembleia Provincial vociferava, os presidentes relatavam com fulgor literário tudo de que a Província carecia. Contudo, a cidade de Vitória continuava a se tornar cada vez menos habitável. A Província viveu décadas dos favores minguados da Coroa a cobrir-lhe parte dos débitos orçamentários.
Percorreu o Espírito Santo e, consequentemente, sua Capital, anos obscuros até o início da República, quando, por coincidência, as colônias extralitorâneas começaram a produzir as primeiras safras ponderáveis de café, fonte de riqueza e amargura também para Estados monocultores. Mas, com todos os tropeços de sua pobreza econômica e financeira, a cidade foi-se enriquecendo de repartições públicas e agitando-se politicamente.
Fonte: Biografia de uma Ilha, 1965
Autor: Luiz Serafim Derenzi
Compilação: Walter de Aguiar Filho, outubro/2012
Pero de Magalhães de Gândavo, autor da 1ª História do Brasil, em português, impressa em Lisboa, no ano de 1576
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