Coutinho ausenta-se novamente da capitania
Posta certa ordem na governança, Vasco Coutinho atirou-se novamente ao mundo.
A direção da colônia ficou entregue, desta vez, a Bernardo Sanches de la Pimenta. Pelo menos era quem, em 1552, servia “de Capitão na dita Capitania”, segundo testemunho de Tomé de Souza.(28)
A escolha recaiu em um dos “que mais zelavão contra o gentio”,(29) isto é, dos que eram tidos como seus melhores amigos. Há um detalhe que parece provar o bom conceito em que Sanches de la Pimenta era tido entre os silvícolas: ele foi um dos padrinhos de Sebastião de Lemos, filho do famoso chefe Maracaiaguaçu (Gato Grande).(30) Muito natural que o governo fosse confiado a alguém que gozasse da estima e do respeito dos índios, pois, como vimos, uma das causas principais do desastre de D. Jorge de Menezes fora sua inabilidade em tratar com eles.
A catorze de julho desse ano de 1550, tão fértil de sucessos notáveis na vida capixaba, já o donatário havia passado pela capitania de Pero do Campo Tourinho, então governada por Duarte de Lemos.
NOTAS
(28) - DH, XXXV, 160-1.
(29) - NÓBREGA, Cartas, III, 82.
(30) - PIRES, Cartas, II, 372.
Fonte: História do Estado do Espírito Santo, 3ª edição, Vitória (APEES) - Arquivo Público do Estado do Espírito Santo – Secretaria de Cultura, 2008
Autor: José Teixeira de Oliveira
Compilação: Walter Aguiar Filho, maio/2017
O navio em que Coutinho regressou ao Brasil tocou em Pernambuco e, com certeza, era de sua propriedade
Ver ArtigoCoube a do Espírito Santo, descoberta em 1525, a Vasco Fernandes Coutinho, conforme a carta régia de 1.º de junho de 1534
Ver ArtigoEnfim, passa da hora de reabilitar o nome de Vasco F. Coutinho e de lhe fazer justiça
Ver ArtigoTalvez o regresso se tivesse verificado em 1547, na frota mencionada na carta de Fernando Álvares de Andrade, ou pouco depois
Ver ArtigoConcluo, dos nobres que aportaram à Capitania do Espírito Santo, ser ela a de melhor e mais pura linhagem
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