Ou Francês ou Capixaba
"Para viver bem, tem que ser em Paris ou em Vila Velha".
Essa afirmação mostra bem o espírito vilavelhense do pintor filho de capixabas, Massena nasceu no dia 4 de março de 1886 em Barbacena, Minas Gerais, na época do Brasil Império e morreu cinco anos antes do homem pisar na lua. Aos seis meses veio para Vila Velha, onde ficou até os oito anos, indo estudar em Ouro Preto, mas vinha sempre de férias para Vila Velha, onde passou quase toda a infância.
Estudou Odontologia no Rio de Janeiro, por pressão paterna e exerceu a profissão por dois anos. Foi jornalista e redator de A Batalha, O País, Jornal do Comércio e A Tarde.
Antes, tinha trabalhado como relojoeiro e afinador de violão. Foi também político tendo chegado a prefeito de Bonfim-MG. Morou ainda em Recife, Salvador, BH, Juiz de Fora, Curitiba e Campos. Passou os últimos 23 anos em Vila Velha, na Prainha.
Fez curso de pintura na Escola de Belas-Artes de Minas. Estudou na Europa, na Academia Julien, de Paris.
De espírito jovial e grande capacidade de trabalho, fumava, bebia, lia sem óculos e gostava de conversar. Só não participou de manifestações de rua. Dizia: "Quando a polícia baixar o pau vocês correm, e eu..." Em 1972 pintou uma cerâmica onde aparecem o capixaba e o japonês negociando a construção da CST.
Em 1951 foi convidado pelo governador do Espírito Santo, Jones dos Santos Neves, para inaugurar e dirigir a Escola de Belas-Artes do Estado, na Universidade do Espírito Santo e passou a morar na casa onde hoje está localizado um museu em sua memória.
Sua tela "Subida da Fé" adquirida por Juscelino, para inaugurar o Palácio do Planalto, colocou um trecho do território capixaba em exposição permanente no gabinete da presidência. Ali, funciona como um lembrete das expectativas dos capixabas.
Homero Massena, um dos maiores artistas capixabas, viveu de 1951 até 1974, numa casa na Rua Antônio Ferreira Queiroz, 281, na Prainha, em Vila Velha, hoje transformada em Museu Homero Massena.
A casa mantém o seu ambiente de trabalho: varanda, sala, ateliê, dois quartos, banheiro e cozinha. É uma construção típica de beira de praia das décadas de 40 e 50. O imóvel foi tombado como patrimônio cultural no dia 27 de setembro de 1979.
Há pinturas nas paredes de todos os cômodos, além de objetos pessoais, como móveis e quadros. A preparação das telas era feita pelo próprio pintor, num cômodo dos fundos da casa, que ainda hoje é conservado.
Documentos, fotos, recortes de jornais e revistas, correspondências, fitas gravadas, estudos e outros documentos fazem parte do acervo do Museu. Ele próprio decorou as paredes da casa com suas obras.
Homero Massena escreveu dois livros: "Miracema", ainda inédito e "Atribulações de um Capichaba" (sic), publicado, de forma precária, em 1965, pela imprensa oficial.
Durante sua vida de pintor, Massena foi premiado com 28 medalhas, além de diplomas e outros prêmios.
Homero Massena (1886-Barbacena-MG, 1974-Vila Velha-ES)
Visite o Museu Homero Massena:
Localização: Rua Antônio Ferreira Queiróz, 281, Prainha, Vila Velha - ES
Tombamento: Conselho Estadual de Cultura, processo n. 04/83, inscrição no Livro Histórico n. 80, fl. 9 e 10.
Proprietário: Prefeitura Municipal de Vila Velha.
Fonte de Pesquisa: texto de Kléber Galvêas
Compilação: Walter de Aguiar Filho, março/2012
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