Ano de 1833 – Por Basílio Daemon
1833. É criada a 3 de janeiro deste ano a Secretaria do Governo pelo Conselho do Governo, compreendendo seu pessoal, que foi nomeado nesse mesmo dia, um oficial-maior, Dionísio Álvaro Resendo, com 600$000; dois oficiais, 1º padre Francisco Antunes de Siqueira, com 400$000; 2º José Correia de Lírio, com 300$000; um porteiro, José Joaquim Gáudio, 300$[000], e um contínuo, Mateus José Gonçalves, com 240$000, continuando como secretário do Governo o bacharel Ildefonso Joaquim Barbosa de Oliveira. Mais tarde, pela lei nº 1 de 18 de março de 1835, quando já estava extinto o Conselho do Governo e as províncias eram administradas unicamente por presidentes, foi autorizada a presidência, então ocupada pelo vice-presidente capitão-mor Francisco Pinto Homem de Azevedo, para reformá-la. Esta repartição tem sofrido muitas alterações e elevado seu pessoal a dezoito empregados como tem atualmente.
Idem. É confirmada pela Regência em nome do imperador a nomeação feita de Domingos Rodrigues Souto para vice-cônsul dos Estados Unidos, primeiro e único que dessa nação tem havido nesta capital.
Idem. Declara-se na província uma grande seca, vindo a faltar os gêneros de consumo, tendo a mesma durado dois anos.(467)
Idem. É assassinado em Benevente, no mês de fevereiro deste ano, o capitão-mor Francisco Xavier Pinto Saraiva, por um grupo de mais de 100 homens, quase todos índios, que atacaram reunidos e arrombaram a casa, matando-o barbaramente, saqueando o que encontraram e depois retirando-se para Piúma, onde se conservaram armados.(468) Em vista de participação feita, dos ofícios do juiz ordinário, datado de 22 de fevereiro, e do juiz de paz de 23 do mesmo mês, seguiu para ali o ouvidor da comarca com um oficial e 30 praças, deprecando-se ao juiz de paz de Guarapari para fornecer mais força a fim de se proceder na forma da lei contra os assassinos.
Idem. Celebra o Conselho do Governo sob a presidência de Manoel José Pires da Silva Pontes uma sessão para tratar das eleições de deputados gerais, membros do Conselho Geral e Conselho do Governo, para revogar em sua íntegra a declaração 8ª do decreto de 29 de julho de 1828 e suas respectivas instruções.(469)
Idem. É elevada à categoria de vila, pela resolução do Conselho do Governo, a freguesia da Serra, em data de 2 de abril, demarcando-se os seus limites pela Vitória com o rio Manguinhos, daí em linha reta até a Malha Branca da montanha de Mestre Álvaro, seguindo-se em linha ao Porto do Una, rio Tangui até a barra do Santa Maria .
Idem. É também na mesma data e pela resolução do Conselho do Governo elevada a vila a paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Linhares do Rio Doce, marcando-se-lhe as respectivas divisas.
Idem. É ainda elevada a vila, na mesma data, e pelo dito Conselho do Governo a freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Barra de São Mateus, sendo ela instalada a 5 de outubro do mesmo ano.(470)
Idem. São nomeados este ano, a 30 de abril e pela primeira vez pelo Conselho do Governo e propostas da Câmara Municipal da capital, de conformidade ao estatuído em lei, para juiz municipal Manoel Pinto Rangel e Silva; juiz de órfãos Inácio Martins Ferreira Meireles e promotor público Manoel de Morais Coutinho.
Idem. Sendo encarregado pelo governo ao major de engenheiros Luís d’Arlincourt(471) de estudar e descrever o rio Doce, parte ele para esta comissão dando sobre ele a soberba descrição geógrafo-topográfica sobre a qualidade de suas águas, facilidade de navegação, curso, afluentes que nele deságuam, uberdade dos terrenos que o mar geiam e sua riqueza em mananciais.(472)
Idem. Por deliberação de 3 de julho deste ano é ordenado pelo Conselho do Governo organizar-se a Guarda Nacional, assim como providências sobre seu fardamento e armamento, dando-se ainda para esse fim instruções.(473)
Idem. São dadas também a 3 de junho [julho] deste ano, e pelo presidente da província terminantes ordens às autoridades, de conformidade com a circular do Ministério do Império de 8 de junho, para que se estorvasse toda e qualquer tentativa dentro ou fora da província para a restauração do ex-imperador D. Pedro I.
Idem. Suscita-se grande alvoroçamento nesta capital no dia 20 de julho deste ano, promovido por Manoel Gonçalves Espíndula e Severo Xavier de Araújo, formando-se dois partidos, em consequência do levantamento de um mastro na festividade da Boa Morte, querendo alguns que se levantasse um determinado mastro e outros que se puxasse novo doutro lugar; oficiando ao Conselho do Governo o juiz de paz sobre esta perturbação do sossego e tranquilidade pública, mandou o presidente vir os dois chefes dos partidos à presença do mesmo Conselho do Governo, os quais depois de explicações concordaram afinal entre si e afiançaram restabelecer a tranquilidade pública que se achava alterada.
Idem. É nomeado a 22 de julho deste ano o 1º juiz de direito que teve esta comarca, bacharel Joaquim José do Amaral, que prestou juramento e entrou em exercício a 7 de agosto do mesmo ano, e do qual acima tratamos quando ouvidor.(474)
Idem. Em consequência de um conflito entre o povo e o vigário de Itapemirim, Joaquim de Santana Lamego, no dia 25 de julho deste ano, e por causa de um caminho, é apedrejada a casa do mesmo vigário, que para escapar de maior agressão teve de evadir-se na madrugada do dia 26 do mesmo mês para a cidade de Campos.
Idem. Em julho deste mesmo ano é levantada pelo engenheiro Luís d’Arlincourt uma planta do rio do Riacho.
Idem. A 23 de setembro deste ano é tirada a imagem de São Benedito do altar da Igreja do Convento de São Francisco, causando esse fato grande alvoroço na cidade, assim como grandes desordens, processos canônicos, em que intervieram o coronel Dionísio Álvaro Resendo e o capitão João Crisóstomo de Carvalho, assim também reclamações, representações e formação de dois partidos extremados.(475) Desde dezembro de 1832, em que principiaram as desinteligências entre os irmãos de São Benedito e o guardião frei Manoel de Santa Úrsula, que muitos haviam projetado tirar dali aquela imagem, e pelo que, por prevenção, havia frei Manoel de Santa Úrsula tirado do altar o santo e colocado em uma saleta, que hoje mais espaçosa serve de consistório da mesma irmandade. Retirando-se para a Corte frei Santa Úrsula, substituiu-o no guardionato frei Antônio de São Joaquim, sacerdote já idoso, bom orador sagrado, inteligente e ilustrado, mas bastante surdo, pelo que usava de uma trompa para poder melhor ouvir; este sacerdote prosseguiu da mesma forma na conservação daquela imagem que se tornara de uma grande devoção para os habitantes da província, tocando quase que ao fanatismo, mas tendo-a outra vez colocado em seu altar, ao lado direito de quem entra na igreja do dito convento. No dia acima mencionado, 23 de setembro, que era domingo, pelas sete e meia horas da manhã, aproveitando-se a ocasião em que a igreja se achava aberta para a missa conventual da Ordem Terceira de São Francisco, que se celebrava às oito horas, havendo já tocado o primeiro sinal, e quando a rua se achava deserta como é costume ainda hoje, a essa hora pois, achando-se fora do convento alguns escravos do mesmo, entre eles José Barbeiro que tinha saído para o serviço de sua profissão, como também Bento, que sendo cozinheiro tinha ido às compras, e que eram, pode-se dizer, os guardas constantes daquela imagem, não tendo ainda chegado para a missa pessoa alguma, achando-se o próprio guardião, frei São Joaquim, em sua cela, é quando Domingos do Rosário e os libertos Antônio Mota, africano, e Elias de Abreu, crioulo, este antecedentemente escravo do padre José de Almeida e aquele do finado João Moreira da Mota, tendo os três vindo pelo porto dos Padres a fim de não haver desconfiança, prosseguiram pela rua da Lapa, e subindo a ladeira dos Frades, vulgarmente conhecida por ladeira de Mestre Rafael, daí dirigiram-se para a igreja, cosidos com as paredes da Ordem Terceira, e entrando na igreja sem serem pressentidos, tiraram a imagem do altar e com apressados passos desceram a ladeira, trazendo o dito santo às costas o mesmo Antônio Mota guardado pelos dois companheiros; mas ao descer a ladeira do convento, ao virar da calçada no cruzeiro aproximando-se à esquina da rua da Capelinha, aí dando Mota uma topada, a não ser amparado pelos dois companheiros quase foi ao chão com o santo, e apressando então os passos já acompanhados por algumas pessoas que os esperavam pelo caminho, seguiram pelo Pelame, rua do Piolho até o largo da Conceição; e ao chegarem à ponte que ali existe, repicaram os sinos da Capela de Nossa Senhora do Rosário em sinal de alegria, já achando-se muitos dos irmãos da Senhora do Rosário e os de São Benedito no adro daquela capela esperando o santo, dando-se então vivas e subindo ao ar muitos foguetes. Recolhida que foi à capela dita imagem, por muito tempo foi guardada com sentinelas feitas pelos próprios irmãos, com receio de ser arrebatada do altar. Esta tirada do santo por poucos foi presenciada, entre esses pelo tenente Antônio Augusto Nogueira da Gama e capitão Francisco Rodrigues de Barcelos Freire, ainda moços, mas tanto estes como os próprios Domingos do Rosário, Antônio Mota e Elias de Abreu descrevem e descreveram este itinerário que é verídico; tudo o mais que a este respeito se conta e se diz é pura falsidade, só proveniente de espírito partidário de peroás e caramurus, nome por que são hoje conhecidas as duas irmandades.(476) Relatar as desordens que por muito tempo houve por essa causa, os ataques e provocações havidas de um e outro lado a ponto de haver muitos ferimentos, como fossem na ladeira de Pernambuco, rua dos Quadros, largo da Conceição, porto dos Padres e outros lugares, seria encher páginas, porque não foram poucas as desordens nem de pouco alcance os ferimentos, visto os irmãos chegarem a formar dois grupos distintos e, com bandeiras à frente, irem contender uns com os outros, resultando disso não pequena alteração de ânimos como já dissemos, e ainda hoje que a civilização há bastantemente caminhado e o exaltamento há arrefecido, contudo, ainda se encontram muitos irmãos pertencentes às Irmandades de São Benedito de São Francisco e Rosário que, despeitosos por motivos frívolos de festividade e primazias, se exacerbam. Era naquela época juiz de paz Luís José dos Santos Lisboa, que muito coadjuvou aquela arrebatação do santo e muito protegeu aos que acompanhavam aqueles distúrbios. Em seguida à tirada de São Benedito do Convento de São Francisco e que tanto exaltou os ânimos na capital, extremaram-se os dois partidos que já se achavam formados, e foi aquela imagem substituída por outra que hoje existe na igreja do convento franciscano, e que fora feita pelo hábil imaginário Francisco das Chagas Coelho, continuando-se da mesma forma em São Francisco com os mesmos festejos, dando isso causa a rivalidades e emulação de parte a parte. As festas que na igreja daquele convento se faziam com entusiasmo e grandes dispêndios deu causa a que alguns da Irmandade de São Benedito do Rosário se incomodassem, tomando como acinte os de mais inteligência como fossem o tenente Manoel Francisco de Cristo, José Joaquim de Souza Ribeiro, Luís dos Santos Lisboa e outros, chamando aos de São Francisco de provocadores e exaltados, apelidando-os de caramurus ou rusguentos, denominação com que naquela época se distinguia um dos partidos políticos do país, que hoje é denominado liberal, e ainda por alusão feita a três degradados desse partido que então aqui se achavam e residiam à rua da Fonte Grande, na casa hoje pertencente ao Sr. Urbano Ribeiro Pinto de Azevedo. Alguns irmãos de São Francisco, porém, despeitados, por isso que não entendendo o alcance da denominação tomavam pelo lado ridículo, visto que o caramuru é peixe feio e da ordem das enguias, querendo repelir a alcunha ou epíteto apelidaram os do Rosário com o nome de peroás, peixe que nesse tempo não tinha o menor valor, e que, quando algum por acaso aparecia na Banca, o atiravam fora como ruim. Estes fatos que aqui relatamos por muito tempo decidiram dos destinos desta capital, pelo exaltamento dos dois partidos e proteção que dispensavam qualquer dos lados aos seus irmãos, tornando-se quase que uma seita revolucionária, e ainda hoje, que são passados quarenta e seis anos depois destes acontecimentos e já os ânimos estão arrefecidos, ainda de quando em vez aparecem exaltações provenientes de tradições de família, que de avós e pais passaram a filhos e netos, não falando no capricho e emulação que se nota em ambas as irmandades, tendo até algumas vezes servido para decisão de pleitos políticos. O que é fato é serem essas duas festividades as de mais pompa e concorrência nesta cidade. Antes de finalizarmos é preciso anotar que depois do fato acontecido em 1832 com o guardião frei Manoel de Santa Úrsula, os irmãos dissidentes representaram ao bispo diocesano pedindo para que lhes fosse marcado lugar para reunião da irmandade, visto não querer o guardião consentir ali reunião de mesas definitórias, concedendo então o prelado que se reunisse na Matriz; o que aconteceu por diversas vezes, e onde compareceu a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, que concedeu ser na dita capela depositada a imagem de São Benedito, fazendo-se de parte a parte concessões para ali ser venerada a imagem, até que foi arrebatada e ali definitivamente colocada.
Idem. É apreendida em novembro deste ano, a bordo do lanchão Santo Antônio Vencedor, de que era mestre Francisco José Torres e proprietário Manoel Pereira Leal, grande porção de moeda de cobre, falsificada. Oficiando o juiz de direito a 4 de novembro deste ano ao Conselho do Governo dando conta desta apreensão, declarando ter sido feito o competente exame e corpo de delito.
Idem. São tomadas a 22 de novembro e 14 de dezembro deste ano enérgicas providências pelo governo à vista da seca que reinava na província, que destruiu quase todas as plantações, faltando à população água e mantimentos para sua subsistência, resultando disso penúria e reclamações. Também tomaram-se nessa ocasião sérias providências a respeito da moeda de cobre que o povo recusava-se a receber. O capitão Domingos Rodrigues Souto expôs à venda, nesse tempo, a farinha que tinha para embarcar, distribuindo grátis pelos indigentes parte dela; José Rodrigues Saraiva e Manoel Alves da Cruz Rios desembarcaram seus carregamentos e também os expuseram à venda, pelo que foram louvados pelo Conselho do Governo, que ainda deprecou para São Mateus, a fim de ser remetida para aqui toda farinha que se tivesse de embarcar.
NOTAS
(467) Vasconcelos, Ensaio, p. 29.
(468) “...o assassinato em pleno dia, por um grupo de mais de cem homens, do capitão-mor Francisco Xavier Pinto Saraiva no município de Benevente em 1833...” [Idem, p. 77]
(469) Machado de Oliveira, Alguns governadores, p. 332.
(470) “As paróquias da Serra, Linhares e Barra de São Mateus foram elevadas em 1833 a categoria de Vila”. 1833 [Frei re, Fatos da História, p. 3]
(471) Luís D’Arlincourt, “em maio de 1833, foi encarregado pelo governo provincial de uma expedição ao rio Doce para a elaboração de um ‘plano científico’ sobre sua navegação e de uma planta do rio desde sua foz até a divisa com Minas.” [Marinato, Índios imperiais, p. 205]
(472) (a) Carta do sargento-mor engenheiro Luís D’Arlincourt ao Dr. Manoel José Pires da Silva Pontes, presidente do Espírito Santo, acerca do reconhecimento do rio Doce (1834). Nessa carta o engenheiro fala da conclusão da comissão de que foi encarregado pelo presidente da província, alegando ter sido vitima de “moléstia [...] proveniente das sezões”, o que teria causado atraso no envio do resultado final. (b) D’Arlincourt, Memória sobre o reconhecimento da foz e porto do rio Doce.
(473) Resolução de 3 de julho de 1833 - Aprova a nova organização da Guarda Nacional da cidade de Vitória e da vila do Espírito Santo.
(474) (a) “...porque se achasse servindo o lugar de ouvidor o bacharel Joaquim José do Amaral, nomeou-o juiz de direito da Comarca da Vitória...” [Relatório manuscrito de José Pires da Silva Pontes, 1833, p. 5] (b) “Havendo o Conselho do Governo na sessão de 2 deste mês e na presença do artigo 30 das instruções de 13 de dezembro do ano passado, designado ao atual ouvidor da comarca Joaquim José do Amaral, para juiz de direito da Câmara de Vitória, por perceber neste magistrado as circunstâncias necessárias...” [Ofício (de José Francisco de Andrade e Almeida Monjardim) comunicando a nomeação do ouvidor, Joaquim José do Amaral, para o cargo de juiz de direito de Vitória, 1833.]
(475) “A contenda teve início no ano de 1832, quando o guardião do convento de São Francisco suspendeu a procissão na festa de São Benedito.” [Rocha, Viagem de Pedro II, p. 80]
(476) “Os agregados na igreja do Rosário apelidaram, aos da igreja do convento de São Francisco, de caramurus, termo que definia o partido restaurador, sinônimo de rixento, e também define o peixe esverdeado, espécie de enguia, de qualidade inferior como pescado. Os de São Francisco revidaram, chamando a seus antagonistas de peroás, outro peixe de listras azuis, igualmente desapreciado ao paladar. As vestes das irmandades representavam as cores dos peixes: mantelete verde na opa (caramurus) e mantelete azul (peroás).” [Idem, p. 80-1]
Nota: 1ª edição do livro foi publicada em 1879
Fonte: Província do Espírito Santo - 2ª edição, SECULT/2010
Autor: Basílio Carvalho Daemon
Compilação: Walter de Aguiar Filho, outubro/2018
Pero de Magalhães de Gândavo, autor da 1ª História do Brasil, em português, impressa em Lisboa, no ano de 1576
Ver ArtigoA obra de Graça Aranha, escrita no Espírito Santo, foi o primeiro impulso do atual movimento literário brasileiro
Ver ArtigoPara prover às despesas Vasco Coutinho vendeu a quinta de Alenquer à Real Fazenda
Ver ArtigoNo final do século XIX, principalmente por causa da produção cafeeira, o Brasil, e o Espírito Santo, em particular, passaram por profundas transformações
Ver ArtigoO nome, Espírito Santo, para a capitania, está estabelecido devido a chegada de Vasco Coutinho num domingo de Pentecoste, 23 de maio de 1535, dia da festa cristã do Divino Espírito Santo, entretanto...
Ver Artigo