Apontamentos de museu se transformam em livro
O escritor de Viagem de Pedro II ao Espírito Santo, Levy Rocha, 82 anos, nasceu em Muqui, morou muito tempo em Cachoeiro de Itapemirim e viajou o país todo. Por onde passava era atraído pelas bibliotecas. Em uma dessas viagens deparou-se com as cadernetas de apontamentos de D. Pedro II, na Biblioteca do Museu de Petrópolis. As anotações do monarca acabaram incentivando o pesquisador a escrever o livro sobre a passagem do monarca pela província capixaba, principal bússola para o lançamento de Caminho do Imperador. O livro ganha ainda mais importância por se tratar de um dos únicos registros bibliográficos que conta detalhe por detalhe – à moda de D. Pedro – os 15 dias do imperador no Espírito Santo.
“O que me impressionou é que ele não era vaidoso. Registrava o que via”, observa Levy. As cadernetas foram os principais registros do livro que antes de sair pela Revista Continente Editorial, do MEC, foi publicado como “separata” pela gráfica da Academia Brasileira de Letras.
“Quando jovem, frequentava a academia. Certa vez, pedi a palavra e disse que tinha um trabalho sobre D. Pedro. Eles acharam oportuno publicar na Revista da Academia”, lembra, sobre a pioneira publicação dos escritos ainda na década de 60, resgatando a passagem do monarca pelo Espírito Santo.
Se as cadernetas não foram as únicas fontes de pesquisa para rechear as 221 páginas do livro, certamente foram as principais. “Sempre fiz amigo por onde passei e consegui uma Xerox dessa caderneta no Museu de Petrópolis”, diz o pesquisador, lembrando que a letra do imperador era difícil de entender.
Seu Levy sempre foi “rato” de biblioteca. O talento nato para pesquisar e escrever acabou favorecido pela profissão de formação: ele era divulgador científico da indústria farmacêutica ou como ele mesmo brinca, “entregador de caixinha”.
Nas viagens pelo país, a primeira coisa que faz é localizar a biblioteca da cidade, familiarizar-se com os acervos, verdadeiros baús de revelações, como os da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, a Biblioteca do Ministério da Educação e o próprio Museu de Petrópolis.
“D. Pedro gostava de viajar, tinha talento para o desenho e mostrou isso em suas anotações na passagem pela província do Espírito Santo, desenhando a vista que teve do convento e um reco-reco, instrumento musical usado pelos índios – hoje utilizado nas Bandas de Congo”, reforça Levy, sobre os desenhos que levou para as páginas do livro.
Aos apontamentos da caderneta foram somados registros de jornais da corte como Jornal do Comércio, Correio da Tarde, Diário do Rio de Janeiro e Correio Mercantil. Levy Rocha escreveu também Crônicas de Cachoeiro, Viajantes Estrangeiros no Espírito Santo, Marapé e De Vasco Fernandes Coutinho aos Contemporâneos.
Fonte: A Gazeta de 8 de julho de 1998
Acervo: Casa da Memória de Vila Velha
Compilação: Walter de Aguiar Filho, junho/2012
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