Comércio da Província – 1826 e 1827
Distribuídas pelas diferentes vilas e povoações, e pela própria Capital,existiam na província cinqüenta e cinco lojas de fazendas secas e oitenta e oito demolhados e tavernas, para usarmos a classificação da Memória presidencial.(65)
O comércio importador se nos mostra através do quadro a seguir.
TÁBUA DOS GÊNEROS IMPORTADOS NO ANO DE 1827 (66)
Imagem principal da matéria, também localizada abaixo do texto.
A exportação baseava-se principalmente na farinha de mandioca – quase todaproduzida em S. Mateus. Eis o MAPA DOS GÊNEROS EXPORTADOS NOS ANOS DE 1826 E 1827, que acompanha o trabalho do presidente Acióli de Vasconcelos:
Ver imagem do quadro no final da matéria
Não havia restrições para a importação de mercadorias, pagas todas a dinheiro. O mesmo não ocorria na exportação, pois a lei proibia o comércio das madeiras de construção naval e pau-brasil.
A aguardente era monopólio do contratador, que arrematava a autorização para o seu comércio em hasta pública.(67)
As praças com que a província transacionava regularmente eram Recife, cidade do Salvador e Rio de Janeiro, principalmente com esta última.
Não existiam na terra: feiras, mercados, bancos, casas de seguros, nem companhias de comércio.
NOTAS
(65) - Vitória possuía trinta e cinco lojas de fazendas secas e quarenta e cinco de molhados etavernas; Itapemirim contava duas das primeiras e três das segundas; Benevente, três das primeirase três das segundas; Guarapari, quatro das primeiras e cinco das segundas; Meaípe, apenas umacasa de molhados; Muquiçaba, idem; Vila Velha tinha três casas de molhados e tavernas; Jucu, duas de molhados e tavernas; Ponta da Fruta, uma de molhados; Nova Almeida, uma loja de fazendas secas e duas de molhados e tavernas; Aldeia Velha, duas de molhados e tavernas; Campo do Riacho, uma de molhados; Linhares, uma de molhados; S. Mateus oito de fazendas secas e catorze de molhados e tavernas; Barra, duas das primeiras e três das segundas; Santana, apenas uma de molhados (Memória).
(66) - INÁCIO ACCIOLI, Memória.
(67) - Sobre a matéria escreveu o presidente: “O gênero aguardente é franco: éarrematada em câmara em um só homem (o contratador) com as seguintes condições:nenhum fabricante pode vender suas aguardentes se não o contratador; este pode vendera todos pelo preço que quiser. Os que querem vender (rameiros) compram-lhe a licença eaguardente. Com estas condições sendo este gênero da primeira necessidade vexa o contratador osfabricantes, os rameiros e o povo até fazendo subir péssima aguardente a preço exorbitante,o que não aconteceria havendo liberdade de comércio porque cada um a teria boa para tersaída, sendo porém certo que talvez então não chegasse a tanto como se verá nas RendasPúblicas adiante. Este gênero não sobra para a exportação” (Memória).
Fonte: História do Estado do Espírito Santo, 3ª edição, Vitória (APEES) - Arquivo Público do Estado do Espírito Santo – Secretaria de Cultura, 2008
Autor: José Teixeira de Oliveira
Compilação: Walter Aguiar Filho, maio/2018
GALERIA:
Pero de Magalhães de Gândavo, autor da 1ª História do Brasil, em português, impressa em Lisboa, no ano de 1576
Ver ArtigoA obra de Graça Aranha, escrita no Espírito Santo, foi o primeiro impulso do atual movimento literário brasileiro
Ver ArtigoPara prover às despesas Vasco Coutinho vendeu a quinta de Alenquer à Real Fazenda
Ver ArtigoNo final do século XIX, principalmente por causa da produção cafeeira, o Brasil, e o Espírito Santo, em particular, passaram por profundas transformações
Ver ArtigoO nome, Espírito Santo, para a capitania, está estabelecido devido a chegada de Vasco Coutinho num domingo de Pentecoste, 23 de maio de 1535, dia da festa cristã do Divino Espírito Santo, entretanto...
Ver Artigo