Estrada Espírito Santo-Bahia – Século XVI
Por essa época, já havia comunicação terrestre entre a capitania e a cidade do Salvador. Ainda em 1650, o conde de Castelmelhor escrevia a Feliciano Salgado, dando-lhe instruções para entregar o governo do Espírito Santo a Manuel da Rocha de Almeida, e arrematava por dizer que se recolhesse à Bahia, “por mar ou por terra”.(24)
Novamente, em 1656, encontramos, em uma referência à devassa contra Simeão de Carvalho, ordem para que fosse remetida à sede do governo colonial uma cópia dos papéis, por via terrestre.(25)
Milagre dos milagres: um capitão-mor – Manuel da Rocha de Almeida – intentou, e parece que realizou, a construção de “uma força” na praia de Vitória.(26)
Seria pequena fortificação destinada a proteger a vila e que, no entender de Mário Freire, reflete o seu desenvolvimento.(27)
NOTAS
(24) - DH, III, 81.
(25) - DH, III, 356.
– Poucas as indicações sobre construção de estrada entre Vitória e a cidade do Salvador, durante o período colonial. A presença de tribos bravias na região que teria de ser cortada pelo caminho que ligasse tais núcleos nos leva a presumir que os itinerantes se serviam das praias atlânticas. Possivelmente, foi um recurso inspirado pelo temor dos barcos inimigos durante a ocupação holandesa. Em 1764, em uma Relação sobre as Villas e Rios da Capitania de Porto Seguro, pelo ouvidor Tomé Couceiro de Abreu, há esta informação: “Estrada da Praia – Esta estrada he real e com mua desde a Bahia até o Rio de Janeiro sem que ha muitos annos tenha havido noticia de morte alguma que o gentio fizesse” (ALMEIDA, Inventário, II, 41).
Na carta de José Xavier Machado Monteiro, de dez de maio de 1770, endereçada ao rei, lemos a seguinte passagem: “Por falta de gente não pude adeantar os úteis estabelecimentos que principiei nos dezertos das praias dos dois sitios de Comujativa e Rio Doce; este indispensavelmente necessario para a estrada, que nas minhas Instrucções se me adverte faça abrir para a communicação e commercio desta Capitania [Porto Seguro] com a do Espirito Santo” (ALMEIDA, Inventário, II, 240).
(26) - DH, III, 102.
(27) - Capitania do Espírito Santo, 62.
Fonte: História do Estado do Espírito Santo, 3ª edição, Vitória (APEES) - Arquivo Público do Estado do Espírito Santo – Secretaria de Cultura, 2008
Autor: José Teixeira de Oliveira
Compilação: Walter Aguiar Filho, julho/2017
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