Francisco Alberto Rubim e a Autonomia Administrativa do ES
Com a posse, em 6 de outubro de 1812, do governador Francisco Alberto Rubim, o Espírito Santo via-se livre da ingerência do Governo da Bahia nos assuntos administrativos locais.
Nascido em Lisboa, a 27 de janeiro de 1768, Francisco Alberto Rubim da Fonseca e Sá Pereira era Capitão de Mar e Guerra da Esquadra no Mediterrâneo, de 1790 a 1799, e posteriormente na Costa da África e no Brasil (NOVAES, Maria Stella. História do Espírito Santo. Vitória, FEES, s/d, p. 115). Governou a Capitania do Espírito Santo de 1812 a 1819, passando depois ao Governo da Capitania do Ceará, de onde retornou a Portugal quando da Independência do Brasil.
A postura independente de Rubim no governo do Espírito Santo, dirigindo-se diretamente ao Rio de Janeiro na condução dos negócios da Capitania, consolidava as disposições do Decreto de 13 de setembro de 1810: em virtude dos ataques indígenas às povoações vizinhas aos quartéis, chegando estes a descer até às cercanias de Vitória, por aquele diploma o Comando das Armas locais era entregue ao Governador Manuel Vieira de Albuquerque e Tovar, que passava a ter autonomia plena no trato dos assuntos militares.
Assim agindo provavelmente com a autoridade que lhe conferia sua alta patente, o governador Rubim na prática inaugurava uma nova fase administrativa na Capitania do Espírito Santo. Embora acusado de despótico por alguns (no poema Derrota de uma Viagem ao Rio de Janeiro em 1817 o padre Marcelino Duarte refere-se a vítimas da perseguição do governador) Rubim foi um grande propagandista do Espírito Santo, atraindo visitantes estrangeiros ilustres e incentivando a imigração, sendo responsável pela chegada dos primeiros casais de açorianos que em 1813 se instalaram na localidade de Viana.
Fonte: Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, 2012
Compilação: Walter de Aguiar Filho, junho/2012
Pero de Magalhães de Gândavo, autor da 1ª História do Brasil, em português, impressa em Lisboa, no ano de 1576
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