Lei Eusébio de Queirós
Depois de muito resistir e sofrer diversas agressões à sua soberania, o Brasil cedeu às pressões inglesas. Os deputados do Parlamento Brasileiro, após anos de discussão inflamados contra a prepotência inglesa, voltaram e aprovaram a Lei Eusébio de Queirós, em 1850. Ficou determinada a ilegalidade do tráfico negreiro.
Entretanto, não se extingue um costume tricentenário com uma simples lei. Por algum tento, o litoral do Espírito Santo continuou sendo uma zona de desembarque de tumbeiros. O contrabando foi necessário para abastecer regiões que tradicionalmente usavam a mão de obra escrava, como São Mateus, e também as novas fronteiras agrícolas do vale do Rio Itapemirim. Foi exatamente 3m 1850, ano da Lei Eusébio de Queirós, que a produção de café começou a ganhar destaque no sul da província.
Navios negreiros foram aprisionados na Barra do Itapemirim e em São Mateus, nos anos de 1852 e 1856. O interessante é que a embarcação confiscada em São Mateus era inglesa – Mary Smith – e transportava 350 negros.
Enseadas obscuras de Vitória, Guarapari e Piúma também serviam como ancoradouros de pequenas embarcações que traficavam gente.
Complementando as transações legais, internacionais, o “comercio ilícito” continuava abastecendo ao latifúndios com “peças” para trabalho agrícola.
Fonte: José P. Schayder - História do Espírito Santo, Uma aborgdagem didática e atualizada 1535-2002
Compilação: Walter de Aguiar Filho, setembro/2011
Pero de Magalhães de Gândavo, autor da 1ª História do Brasil, em português, impressa em Lisboa, no ano de 1576
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