O casamento de papai - Por Sérgio Figueira Sarkis
Papai resolveu casar com mamãe Selika, moça prendada e participante da sociedade local. Tudo acertado para a cerimônia na Catedral Metropolitana, um grande problema. Como fazer vovô vestir um terno novo? Procurou-o e tentou convencê-lo a mandar fazer uma nova fatiota.
— Impossível. Custa muito caro. Só para um dia, não!
Diante do impasse, papai procurou um alfaiate e combinou o preço do terno em 100 réis. Mas acertou com este falar para vovô que o custo tinha sido 10 réis. E seria pago por papai. Diante daquela pechincha, e ainda paga pelo filho, topou e o terno foi feito. Enlace realizado com a presença do pai do noivo com sua vestimenta nova, a felicidade foi total.
De volta da viagem de lua de mel, papai e mamãe vão visitar vovô e são surpreendidos com o mesmo vestindo o surrado terno velho.
— Papai! O que é isto? Você não jogou este terno fora? Por que não está usando o novo?
— Meu filho! Lembra que ele custou 10 réis. Pois então. Vendi por 20. Tive um lucro de cem por cento.
Papai quase desmaiou.
Nota do Autor: Há muito, pretendia escrever alguma coisa da minha memória, levando causos ocorridos comigo ou com outras pessoas que me foram transmitidos de forma agradável e hilariante. Meu dilema era: como fazer? não tinha início, nem meio e, muito menos fim. E, invariavelmente, vinha a preocupação deles perderem o charme quando expostos em texto.
Contados verbalmente, tem sabor diferente, agradando a que os ouve. E escritos? Conseguiria eu dar a entonação necessária, estimulando o leitor a continuar até o fim? Entre dúvidas e certezas, amadureci esta ideia anos. Até que decidi: vamos ver como fica! O resultado é este. Tirei da cabeça, coloquei no papel. Eu revisor deu uma boa arrumada.
Me perdoem aqueles que, envolvidos nos fatos, tenha esquecido de mencionar. E os citados não sintam-se ofendidos ou magoados. Minha intenção nunca foi esta.
Espero que gostem,
Sérgio Figueira Sarkis
Todo os direitos reservados ao autor.
Partes desta obra pode ser reproduzida por qualquer meio, desde que citada a fonte.
A foto da capa é de Paulo Bonino.
As fotos do miolo são do acervo familiar e de arquivos digitais públicos; as que fogem a isto têm suas origens identificadas junto a suas legendas.
As principais fontes de consulta para este trabalho, além da memória pessoal, foram os livros Os dias antigos, de Renato Pacheco, edição de 1998; A ilha de Vitória que conheci e com quem convivi, de Délio Grijó de Azevedo, 2001; Tipos populares de Vitória, de Elmo Elton, 1985; e, Coquetel de saudades, de Dario Derenzi, 1980.
Revisão, edição e editoração
João Zuccarato
DDD 27 – Telefone 3314-2757 – Celular 9-8112-6920
Textos@textos.etc.br
Impressão
Gráfica Universitária
DDD 27 – Telefone 4009-2389
www.grafica.ufes.br
A verdadeira viagem se faz na memória.
Marcel Proust
Dedicatória do autor: Dedico este livro à minha querida esposa Regina; aos filhos Sérgio, Michel, Andréa, Alexandre e Ricardo; e aos netos Pedro Henrique, Ingrid, Carolina, Leonardo, Thiago e Victória
SFS
Fonte: No tempo do Hidrolitrol – 2014
Autor: Sérgio Figueira Sarkis
Compilação: Walter de Aguiar Filho, fevereiro/2019
O ano que passou, o ano que está chegando ao seu fim já não desperta mais interesse; ele é água passada e água passada não toca moinho, lá diz o ditado
Ver ArtigoPapai Noel só me trouxe avisos bancários anunciando próximos vencimentos e o meu Dever está maior do que o meu Haver
Ver Artigo4) Areobaldo Lelis Horta. Médico, jornalista e historiador. Escreveu: “Vitória de meu tempo” (Crônicas históricas). 1951
Ver ArtigoEstava programado um jogo de futebol, no campo do Fluminense, entre as seleções dos Cariocas e a dos Capixabas
Ver ArtigoLogo, nele pode existir povo, cidade e tudo o que haja mister para a realização do sonho do artista
Ver Artigo