Padre, poeta, pré-barroco
Catequista, gramático, poeta, considerado a figura máxima do pré-barroco brasileiro, o padre Anchieta – Apóstolo do Brasil – era espanhol da Ilha de Tenerife (Canárias), mas viveu parte de sua vida no Brasil, inclusive no Espírito Santo. Veio para Anchieta onde fundou o primeiro povoado. Uma igreja em homenagem a Nossa Senhora da Assunção foi construída logo nos primeiros tempos.
Estudou Humanidades em Coimbra e foi convidado para integrar à Companhia de Jesus em 1551. Depois fez parte da comitiva do segundo governador geral do Brasil, Duarte da Costa, que chegou à Bahia em 13 de julho de 1553. Enviado para a Capitania de São Vicente, fundou o Colégio Piratininga. Aprendeu a língua tupi e construiu uma choupana, que servia de colégio, igreja, hospital, despensa e moradia dos jesuítas. Compôs uma gramática e um vocabulário tupi e traduziu para o mesmo idioma o catecismo. Isso facilitou o ensino cristão às crianças indígenas.
Na revolta dos tamoios contra os portugueses, Anchieta foi feito refém e ficou meses como prisioneiro. Na prisão, escreveu o seu Poema à Virgem, em latim. Em 1595 sua Arte de Gramática da Língua Tupi foi publicado em Coimbra. No Espírito Santo, onde passou os últimos dias de sua vida, estrearam oito das 12 peças teatrais que escreveu, com fins catequéticos, em português, castelhano e tupi. Outra obra famosa é o Poema a Mem de Sá.
Anchieta viveu 44 anos no Brasil, dos quais oito foram dedicados ao Espírito Santo, onde morreu no dia 9 de junho de 1597, aos 63 anos. Seu corpo foi levado pelos ìndios de Reriritiba até Vitória, percorrendo 80 quilômetros a pé durante três dias. Ele foi sepultado na igreja de São Thiago, onde atualmente é o Palácio Anchieta, que abriga seu túmulo de forma simbólica.
Fonte: A Gazeta 26 de setembro de 1994
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