Morro do Moreno: Desde 1535
Site: Divulgando desde 2000 a Cultura e História Capixaba

Roteiro Cinematográfico - Prefácio de Orlando Bomfim

Capa do Livro - Guia Prático do Roteiro Cinematográfico de Jovany Sales Rey

Quem não conhece Jovany não sabe, mas se vier a conhecê-lo, saberá: o motivo principal que o levou a escrever este livro foi a sua conhecida generosidade. E muita competência.

Desde o início do que se concebeu chamar de “retomada” do cinema brasileiro, quase todas as oficinas realizadas incluem o roteiro como parte das técnicas a serem estudadas. Essa grande curiosidade se deve a duas questões conhecidas. A primeira é que, nos anos 60, 70 e 80, os que queriam atacar o cinema brasileiro costumavam dizer que os filmes não tinham roteiristas; a segunda é que, na retomada, alguns novos diretores e entidades iniciaram um movimento trazendo roteiristas, fazendo seminários – inclusive com o pessoal do Sundance Festival -, levando a questão para as escolas e espalhando as oficinas pelos Estados e pelos festivais de cinema. Apesar disso, ou, até mesmo por isso, o roteiro ficou sendo uma peça em destaque, constando inclusive de editais de incentivo do Ministério da Cultura para sua formatação e desenvolvimento.

Nesse meio tempo, nosso amigo Jovany, morando quietinho aqui no Espírito Santo, já era roteirista conhecido, E conhecido até fora do Brasil. Pois é. Além disso, é dentista por formação, teatrólogo por amor à arte e inquietação constante, historiador e pesquisador (interessado principalmente nas entrelinhas dos fatos narrados), contador de causos por natureza e sorte nossa. Mas, mesmo com tanta atividade era desconhecido do pessoal do audiovisual local. Essa distância só se dissipou nos anos 90, com a notícia de que seria realizada no Estado uma superprodução cinematográfica com a direção do notável Walter Avancini e nesse momento descobrimos que o roteirista da epopeia intitulada “O Donatário” era nada mais nada menos do que ele, Jovany Sales Rey.

A partir dessa revelação, nosso amigo não teve mais sossego e virou uma espécie de consultor geral informal de todos que queriam ou pensavam em algum dia fazer um filme ou vídeo. Assolado por um mar de dúvidas e problemas que lhe eram incessantemente trazidos, começou a perceber que mesmo com tanta gente falando e discutindo roteiros, ainda não havia no mercado editorial brasileiro um manual voltado exclusivamente para o roteiro cinematográfico, nada parecido com um guia prático que pudesse facilitar a vida de quem precisasse ou estivesse interessado no assunto, pois os poucos autores nacionais que se aventuraram no tema produziram obras híbridas, com enfoque maior na televisão. Assim, mergulhou nessas águas profundas com a mesma garra e disposição de sempre, determinado a recuperar o tempo perdido.

Jovany escreve na primeira pessoa, colocando sua marca mesmo nos detalhes mais técnicos e insossos, incentivando a criatividade e transformando o que poderia ser mera informação sem alma em matéria para estudo e reflexão. Não bastasse todo esse trabalho bravamente esmiuçado, ele nos brinda, alicerçando a estrutura do livro com vários apêndices fartos e bem elaborados, São janelas que abrem perspectivas em cachoeira para quem quiser ampliar seus conhecimentos sobre o universo da arte do cinema.

É por isso que afirmamos, desde o primeiro parágrafo, que a sua principal característica é a generosidade. Sua abnegação pessoa, a solidariedade e a vontade de contribuir com todos, sejam conhecidos ou não, é que permitiram e fizeram com que ele se entregasse tanto na construção desta obra que tem a marca do que é fundamental e que precisava ser feito, encontrando nele a expressão, a força e a competência necessárias para vir á luz.

Esse é o espaço do artista, daquele que é imprescindível.

 


Prefácio do livro: Orlando Bomfim
Título: O Papel do Cinema – Guia prático do roteiro cinematográfico, 2005

Autor: Jovany Sales Rey
Ilustrações: Milson Henriques
Capa e Projeto Visual: Gabriel Diaz
Produção: Luciano Simões
Revisão: Vanessa Lopes Andrade
Supervisão Técnica: Merenice Merhej
Patrocínio: Lei Rubem Braga
Apoio: Vale do Rio Doce
 

 

Nota do Site:  Por David Benincá, agosto/2012

O Donatário, texto de Jovany Sales Rey, originalmente concebido como roteiro de longa metragem, fazia parte de uma série de 
5 longas metragens comemorativos dos 500 anos de descobrimento do Brasil. 
O projeto, no entanto, não foi concretizado, e por muitos anos o texto ficou parado. Hoje, aproximadamente 12 anos depois, 
o texto seguiu outro rumo. Neste momento, Jovany dedica seu tempo a concepção do romance derivado de "O Donatário". Estamos todos ansiosos...
Abraço!
David

 

 

Variedades

Feira do Barro

Feira do Barro

Um evento da mais alta importância e com caráter pioneiro, visando realizar em Vitória para a valorização da mais pura e brasileira das artes: a do barro

Pesquisa

Facebook

Leia Mais

Vitória (Em passado próximo) - Seus passeios e atrações turísticas

O Centro da Capital (Cidade alta). Atrações: - a Catedral Arquidiocesana com o seu rendilhado gótico

Ver Artigo
Compositores da Moderna Canção Popular - Os 10 mais conhecidos

Na Guanabara consolidou o prestigio de compositor com a marcha-rancho “Depois do Carnaval”. Chico Lessa figura hoje como uma das grandes figuras da mú­sica popular brasileira

Ver Artigo
Sítio da Família Batalha – Por Edward Athayde D’Alcântara

Constituído de uma pequena gleba de terras de um pouco mais de três alqueires e meio (173.400,00 m²), fica localizado às margens do Rio da Costa

Ver Artigo
Frases de Caminhão - Por Eurípedes Queiroz do Valle

As 10 mais espirituosas Frase de Caminhão do Espírito Santo, 1971

Ver Artigo
Hugo Viola - Por Cesar Viola

Em 24 de abril de 1949, o jornalista Waldyr Menezes escreveu em A Tribuna uma reportagem sob o título: "Jardim América, um milagre residencial para Vitória".

Ver Artigo