Morro do Moreno: Desde 1535
Site: Divulgando desde 2000 a Cultura e História Capixaba

Telégrafos e correios – Campanha do Paraguai

Um forte para defender a ilha ocupava esta área até 1841. O mercado, construído em 1871, é demolido em 1926 para dar lugar aos correios. - Acervo José Tatagiba

Exigindo comunicações rápidas entre as forças em operações e a Corte – atrasou de alguns anos a chegada dos fios telegráficos ao Espírito Santo.(57) Só a dezenove de fevereiro de 1874 foi inaugurada a estação de Vitória, e ligada a Capital com Itapemirim, Campos e Rio de Janeiro.(58)

Os correios, em 1861, possuíam dez agências distribuídas por diferentes localidades, além da estação central – em Vitória.(59) Sete estafetas e um correio a cavalo – este no serviço entre a Capital e o rio Doce – cuidavam do transporte da correspondência.

As malas postais provindas de outras províncias e do estrangeiro ou destinadas ao exterior eram conduzidas em vapores.(60)

 

Iluminação – Farol da barra de Vitória – A iluminação a óleo de peixe, adotada nas ruas de Vitória desde os tempos da colônia, foi substituída – em 1865 – por lampiões a querosene.(61) Estes, por sua vez – a primeiro de março de 1879 – deram lugar a bicos de gás, festivamente recebidos.(62) Outro melhoramento que muito beneficiou a cidade-capital foi o farol de sua barra, inaugurado a sete de setembro de 1870.(63)

 

NOTAS

(57) - “Deviam os trabalhos prosseguir para o norte (os fios já haviam alcançado Cabo Frio), vindo, porém, a campanha do Paraguai modificar essa orientação. A necessidade que havia de se transmitirem com presteza à Província do Rio Grande do Sul as ordens do Governo relativas às operações militares e a ansiedade com que eram aguardadas as notícias do teatro da guerra, determinaram a resolução de se estender o fio elétrico até Porto Alegre” (Memória Histórica, 30).

(58) - Houve um belo movimento na província para auxiliar o Governo na extensão das linhas. Assim é que numerosos fazendeiros ofereceram os postes necessários à travessia do território provincial e o povo em geral concorreu com donativos em dinheiro para atender à aquisição de material etc. (Relatório lido no Paço da Assembléia Legislativa da província do Espírito Santo pelo presidente o exmo. sr. dr. Francisco Correia na sessão ordinária do ano de 1871 – Vitória – 1872).

(59) - Relatório apresentado à Assembléia Legislativa Provincial do Espírito Santo no dia da abertura da sessão ordinária de 1882 pelo presidente José Fernandes da Costa Pereira Júnior – Vitória –1862.

(60) - Relatório de 1871, já citado.

(61) - Foram contratantes do serviço os comerciantes Adrião Nunes Pereira e Francisco Rodrigues Pereira (DAEMON, Prov ES, 372).

(62) - O ato de inauguração do serviço foi assistido pelo vice-presidente tenentecoronel Alfeu Monjardim, mais tarde barão de Monjardim. Manuel da Costa Madeira era o contratante. BASÍLIO DAEMON informa que, simultaneamente com a iluminação das ruas, foi inaugurado o serviço para as casas particulares da Capital – o que perdurou até os primeiros anos da República.

Os lampiões da iluminação pública das ruas não eram acesos nas noites de luar.

Com o gás, o serviço passou a ser “feito em todas as noites, mesmo nas de luar” (Relatório com que o exmo. sr. dr. Afonso Peixoto de Abreu Lima passou a administração da província do Espírito Santo ao exmo. sr. tenente-coronel Alfeu Adelfo Monjardim de Andrade e Almeida, primeiro vice-presidente – Vitória – 1878).

(63) - Relatório de 1871, já citado.

 

Fonte: História do Estado do Espírito Santo, 3ª edição, Vitória (APEES) - Arquivo Público do Estado do Espírito Santo – Secretaria de Cultura, 2008
Autor: José Teixeira de Oliveira
Compilação: Walter Aguiar Filho, novembro/2017

História do ES

Primeira metade do Século XVII – Por Mário Freire

Primeira metade do Século XVII – Por Mário Freire

Puderam os franciscanos ampliar, em 1637, a ermida da Penha, transformando-a em santuário; pouco depois, faziam o calçamento da ladeira

Pesquisa

Facebook

Leia Mais

O Espírito Santo na 1ª História do Brasil

Pero de Magalhães de Gândavo, autor da 1ª História do Brasil, em português, impressa em Lisboa, no ano de 1576

Ver Artigo
O Espírito Santo no Romance Brasileiro

A obra de Graça Aranha, escrita no Espírito Santo, foi o primeiro impulso do atual movimento literário brasileiro

Ver Artigo
Primeiros sacrifícios do donatário: a venda das propriedades – Vasco Coutinho

Para prover às despesas Vasco Coutinho vendeu a quinta de Alenquer à Real Fazenda

Ver Artigo
Vitória recebe a República sem manifestação e Cachoeiro comemora

No final do século XIX, principalmente por causa da produção cafeeira, o Brasil, e o Espírito Santo, em particular, passaram por profundas transformações

Ver Artigo
A Vila de Alenquer e a História do ES - Por João Eurípedes Franklin Leal

O nome, Espírito Santo, para a capitania, está estabelecido devido a chegada de Vasco Coutinho num domingo de Pentecoste, 23 de maio de 1535, dia da festa cristã do Divino Espírito Santo, entretanto... 

Ver Artigo