Tentando o eldorado nas minas do ES
Tais sucessos, embora prejudicassem, não iam ao ponto de paralisar as atividades dos moradores. Como quase tudo no Brasil da época girava em torno das minas, e as brenhas capixabas tinham fama de guardar pedrarias, era raro o ano em que não partisse nova expedição para o interior da capitania.
João Correia de Sá, Duarte Correia, Agostinho Barbalho Bezerra tentam a sorte em pura perda. Antônio e Domingos de Azeredo persistem na empresa que empolgara o velho Marcos.(14)
Ainda que sem o aparato das bandeiras paulistas, muito se trabalhou no Espírito Santo no sentido de conhecer o sertão e desvendar suas riquezas.(15)
NOTAS
(14) - Sobre bandeiras capixabas, ver AFONSO DE E. TAUNAY, História das Bandeiras Paulistas, vol. V – que apresenta estudo completo. Do mesmo historiador, os artigos intitulados Ouro no Espírito Santo, publicados no Jornal do Comércio, Rio de Janeiro, em nove e dezesseis de fevereiro de 1947. – Consultar, também, Bandeiras e Bandeirantes no Espírito Santo, de MÁRIO ARISTIDES FREIRE (RIHGES, VII, 3-11). BASÍLIO DE MAGALHÃES (Expansão, p. 78 ss) contém informações valiosíssimas.
(15) - Outros documentos que assinalam interesse pelas esmeraldas: “Consulta do Conselho Ultramarino, sobre uma carta do Governo do Rio de Janeiro, acerca do oferecimento dos padres da Companhia para irem explorar a Serra das Esmeraldas, na Capitania do Espírito Santo, como o já tinham feito à sua custa Domingos de Azevedo Coutinho e seu irmão Antônio de Azevedo Coutinho. Lisboa, dois de junho de 1646”, in ALMEIDA, Inventário VI, 49; e mais: foot-note n.º 28 do capítulo VIII; “Consulta do Conselho Ultramarino relativa à exploração das minas da serra das Esmeraldas, na Capitania do Espírito Santo. Lisboa, vinte e cinco de agosto de 1648” (idem, ibidem, VI, 70); “Provisão regia pela qual se ordenou ao Provedor da Fazenda do Estado do Brasil que fossem fornecidas todas as munições necessárias para a gente de guerra que acompanhasse Agostinho Barbalho Bezerra no entabolamento e descobrimento das Minas de Parnagay, serra das Esmeraldas, nas Capitanias de S. Vicente e Espírito Santo. Lisboa, treze de outubro de 1666” (idem, ibidem, VI, 116); “Carta patente pela qual se fez mercê a Agostinho Barbalho Bezerra do cargo de governador da gente de guerra que o acompanhasse na jornada do descobrimento das Minas de Parnagay e da Serra das Esmeraldas, por tempo de quatro anos, com o soldo de 60$000, pago a metade no Rio de Janeiro e a outra metade pelos rendimentos das minas. Lisboa, dezenove de maio de 1664” (idem, ibidem, VI, 116).
Fonte: História do Estado do Espírito Santo, 3ª edição, Vitória (APEES) - Arquivo Público do Estado do Espírito Santo – Secretaria de Cultura, 2008
Autor: José Teixeira de Oliveira
Compilação: Walter Aguiar Filho, julho/2017
Pero de Magalhães de Gândavo, autor da 1ª História do Brasil, em português, impressa em Lisboa, no ano de 1576
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