Morro do Moreno: Desde 1535
Site: Divulgando desde 2000 a Cultura e História Capixaba

A estrada Vitória-Ouro Preto

Mapa do Trajeto da Estrada Imperial de São Pedro de Alcântara

Embora abandonada pelo governo por inútil – uma vez que não havia comércio para movimentá-la – a estrada que ligava o Espírito Santo à província de Minas Gerais continuava preocupando as inteligências de mais ampla visão.(1)

Em uma das sessões de 1829 do Conselho Provincial, a questão foi trazida a debate.

A falta de dinheiro para enfrentar as despesas de desobstrução e outras obrigou a protelações de toda ordem, até que, em 1833, a obra foi contratada com o coronel Inácio Pereira Duarte Carneiro – o mesmo diligente oficial que construíra a estrada nos dias do governador Rubim. Tamanha significação se emprestava ao assunto que o governo, quando verificou a exaustão dos próprios cofres, resolveu pedir dinheiro emprestado ao comércio para iniciar as obras. Em meados de 1834, os trabalhos ainda não estavam concluídos.(2)

 

NOTAS

(1) - “...sendo a abertura de uma estrada que comunique esta Província com a de Minas Gerais um dos únicos meios que se pode levantar da miséria e pobreza em que se acha tanto de população como de comércio” (Ofício de vinte e cinco de janeiro de 1832 do Conselho Provincial a José Lino Coutinho, ministro do Império, in Pres ES, V).

(2) - MACHADO DE OLIVEIRA transcreveu no vol. XIX da RIHGB (p. 232-9) vários extratos das atas de sessões do Conselho Provincial em que foram tratados assuntos referentes à reabertura da estrada. No citado volume, passim, cópias de documentos do maior interesse para a história da mesma.

– Por portaria de treze de março de 1822, da Secretaria do Império, era recomendado à Administração do Espírito Santo “concedesse Sesmarias ao longo da Estrada aberta para que não se tapasse de novo” (Ofício de Acióli de Vasconcelos ao ministro Maciel da Costa, de trinta e um de agosto de 1824, in Pres ES, III, 80).

– Cabe recordar aqui o decreto de vinte e três de outubro de 1832, que dispunha sobre a navegação dos rios Doce e Jequitinhonha e a abertura de estradas e reparações das existentes na direção da província de Minas Gerais para as da Bahia e Espírito Santo, que parece ser uma demonstração de acatamento do governo central ao apelo que lhe fora dirigido pelo Conselho Provincial do Espírito Santo, a vinte e cinco de janeiro de 1832 (ver foot-note 1).

 

Fonte: História do Estado do Espírito Santo, 3ª edição, Vitória (APEES) - Arquivo Público do Estado do Espírito Santo – Secretaria de Cultura, 2008
Autor: José Teixeira de Oliveira
Compilação: Walter Aguiar Filho, novembro/2017

História do ES

Serious Game -  Cultura Geral do Espírito Santo - Rodada 105

Serious Game - Cultura Geral do Espírito Santo - Rodada 105

Em pesquisa estatística realizada pelo Professor Mário Ribeiro Cantarino Filho, em 1966, quais eram as duas modalidades mais preferidas pelos desportivas praticantes na época?

Pesquisa

Facebook

Leia Mais

O Espírito Santo na 1ª História do Brasil

Pero de Magalhães de Gândavo, autor da 1ª História do Brasil, em português, impressa em Lisboa, no ano de 1576

Ver Artigo
O Espírito Santo no Romance Brasileiro

A obra de Graça Aranha, escrita no Espírito Santo, foi o primeiro impulso do atual movimento literário brasileiro

Ver Artigo
Primeiros sacrifícios do donatário: a venda das propriedades – Vasco Coutinho

Para prover às despesas Vasco Coutinho vendeu a quinta de Alenquer à Real Fazenda

Ver Artigo
Vitória recebe a República sem manifestação e Cachoeiro comemora

No final do século XIX, principalmente por causa da produção cafeeira, o Brasil, e o Espírito Santo, em particular, passaram por profundas transformações

Ver Artigo
A Vila de Alenquer e a História do ES - Por João Eurípedes Franklin Leal

O nome, Espírito Santo, para a capitania, está estabelecido devido a chegada de Vasco Coutinho num domingo de Pentecoste, 23 de maio de 1535, dia da festa cristã do Divino Espírito Santo, entretanto... 

Ver Artigo