Batismo da terra de Vasco e as primeiras construções
Como tudo tivesse ocorrido no dia pela Igreja dedicado à terceira pessoa da Santíssima Trindade, ao rio e à vila logo iniciada foi dado o nome de Espírito Santo,(3) depois estendido a toda a capitania.
A atitude hostil dos habitantes da terra aconselhava a construção imediata de obras de defesa. Foi, naturalmente, o que se fez, rezam as crônicas. Fortificações contra as acometidas da terra, das florestas vizinhas, levantadas com o material mais acessível e que propiciava, também, construção mais rápida – a madeira. Seria uma paliçada contornando a faixa de praia, onde levantaram-se os primeiros casebres da exígua população.
Basílio Daemon arrola, entre as construções iniciais, “um forte no lugar onde hoje [1879] se acha a Fortaleza de Piratininga”.(4) Parece mais razoável admitir que a cerca externa, de mais rápida execução, constituiu a obra de defesa do primeiro instante. O forte veio depois. Teria estrutura mais custosa e se destinaria à defesa contra os corsários, que, durante séculos, serão perigo constante.
NOTAS
(3) - “... para que o pensamento religioso estivesse sempre presente aos colonos”, frisa o precioso RUBIM (Memórias, 202).
(4) - Prov. ES, 55. Também RUBIM faz referência à construção de “um forte de madeira para sua defesa” (Memórias, 202). Insistimos, porém, na hipótese que formulamos no texto. No local da antiga Fortaleza levanta-se hoje o Quartel do 3.º B. C.
Fonte: História do Estado do Espírito Santo, 3ª edição, Vitória (APEES) - Arquivo Público do Estado do Espírito Santo – Secretaria de Cultura, 2008
Autor: José Teixeira de Oliveira
Compilação: Walter Aguiar Filho, julho/2018
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