Depois de Francisco Gil de Araujo assume seu filho
Com o falecimento de Francisco Gil de Araújo, a capitania do Espírito Santo coube, por sucessão, a seu filho, Manuel Garcia Pimentel, que teve confirmação da herança por carta de cinco de dezembro de 1687.(35)
O novo donatário deixou-se ficar na Bahia, administrando as propriedades que ali possuía, sem jamais visitar o senhorio capixaba.
Era, portanto, a volta ao regime dos capitães-mores, com todos os seus malogros e deficiências.(36)
NOTAS
(35) - JOSÉ MARCELINO, Ensaio, 27. – “Registro da carta de doação e sucessão” datada de Lisboa, nove de março de 1688, in DH, LXXX, 24-43.
(36) - Parece que, ao se retirar para a Bahia, Francisco Gil de Araújo deixou a capitania entregue a Manuel de Morais, nomeado pelo marquês das Minas (DH, XXIX, 150).
Em 1687, o governador geral dirigia-se a Manuel de Morais, determinando-lhe que entregasse o governo a Manoel Peixoto da Mota, novo capitão-mor (DH, XI, 136).
A provisão de nomeação traz a data de vinte e quatro de outubro de 1687 (DH, XXIX,149-52). Aconteceu, porém, que Peixoto da Mota deixou a Bahia em busca do Espírito Santo sem ordem do governador geral. Foi quanto bastou para que este passasse nova carta aos oficiais da Câmara de Vitória, determinando-lhes que o prendessem e o enviassem metido em ferros à cidade do Salvador (DH, XI, 138-9). Coube ao sucessor do governador Matias da Cunha, frei Manuel da Ressurreição, expedir a segunda carta de nomeação de Manuel Peixoto da Mota para a direção da terra capixaba (DH, XXIX, 324-7).
A catorze de março de 1689, em Lisboa, o soberano nomeava, por proposta de Manuel Garcia Pimentel, a João de Valasco (sic) e Molina para o cargo de capitão-mor do Espírito Santo (DH, XXIX, 455-8).
A vinte e dois de fevereiro de 1690, o governador geral interino dirigia-se aos oficiais da Câmara de Vitória, informando-os de que levantara o preito a Manuel Peixoto da Mota, ao mesmo tempo que lhes apresentava o novo capitão-mor nomeado por el-rei (DH, XI, 162). Embora constasse das cartas régias que o nomeado governaria “por espaço de três anos”, tudo indica que José Pinheiro de Barbuda foi o capitão-mor que sucedeu a Velasco de Molina. Sua nomeação foi lavrada em Lisboa, a quatro de março de 1694 (DH, LVI, 184-7). Barbuda morreu durante o período de governo (DH, LVIII, 325) e foi substituído por Francisco Monteiro, a vinte e dois de abril de 1699 (idem, ibidem).
Vale notar que, por carta patente de S. Majestade, datada de sete de março de 1696, foi nomeado capitão-mor da capitania a Francisco de Albuquerque Teles, que só se apresentou ao governo da Bahia em 1709 (DH, LIX, 13-7).
Fonte: História do Estado do Espírito Santo, 3ª edição, Vitória (APEES) - Arquivo Público do Estado do Espírito Santo – Secretaria de Cultura, 2008
Autor: José Teixeira de Oliveira
Compilação: Walter Aguiar Filho, julho/2017
Pero de Magalhães de Gândavo, autor da 1ª História do Brasil, em português, impressa em Lisboa, no ano de 1576
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