Francisco Alberto Rubim faz a estrada para Minas
Francisco Alberto Rubim recebeu o governo de Albuquerque Tovar, sucessor de Silva Pontes.
O quadro seria desanimador para um homem fraco, mas representou um incentivo para a disposição forte de Rubim. Iniciou a cultura do café, da mandioca, do trigo, da amoreira, do linho, além de expandir os canaviais e os algodoais.
O esforço foi grande e bem aproveitado. O café ocupou as encostas do maciço ao sul do Rio Doce até a cota 300 e, um pouco menos densamente, entre as cotas 300 e 500.
Ao norte do Rio Doce, subiu às margens do Rio São Mateus até 80 quilômetros do mar em linha reta, ou 120 pelos caminhos de então.
O açúcar e a mandioca ficaram nas baixadas e, economicamente, cederam o lugar de frente à nova cultura.
O café subia pelas encostas do maciço do sul e descia pela quebrada oposta, estabelecendo novas frentes de penetração para o interior da região.
Era um novo ciclo na história econômica do Espírito Santo, depois da cana-de-açúcar e do ouro (este, apenas sofrido, passivamente). Emancipada a Capitania daquela espécie de tutela que, durante tanto tempo, a subordinara ao governo da Bahia, o Espírito Santo podia agora cuidar do seu destino.
Rubim providenciou a abertura de um caminho ligando a Baía de Vitória à Vila Rica (depois Ouro Preto), na Capitania de Minas Gerais. Iniciado em 1814, só em 1820 passou por ele a primeira boiada de Minas para o Espírito Santo. Foram providenciadas guarnições militares de três em três léguas para proteção aos viajantes, devido aos ataques dos índios botocudos.
A estrada nova de Rubim não atingiu os objetivos imaginados. Não conseguiu atrair a preferência do comércio. Acabou abandonada, sem serventia.
Alberto Rubim fundou a Santa Casa de Misericórdia de Vitória. Nas margens do Rio Doce, construiu um hospital. E elevou Itapemirim à categoria de vila.
O sucessor de Rubim foi Baltazar de Souza Botelho de Vasconcelos, que enfrentou período de grande agitação.
Estávamos às vésperas da independência e todos os anseios nacionalistas afloravam na defesa desse ideal. Em 1821, Dom João VI regressava a Portugal e o Brasil se achava em fase pré-revolucionária.
Fonte: Jornal A Gazeta, A Saga do Espírito Santo – Das Caravelas ao século XXI – 23/09/1999
Pesquisa e texto: Neida Lúcia Moraes
Edição e revisão: José Irmo Goring
Projeto Gráfico: Edson Maltez Heringer
Diagramação: Sebastião Vargas
Supervisão de arte: Ivan Alves
Ilustrações: Genildo Ronchi
Digitação: Joana D’Arc Cruz
Compilação: Walter de Aguiar Filho, junho/2016
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