Igrejas – Conventos – Edifícios públicos – Séculos XIX
Não faltavam igrejas ecapelas para o culto romano, ignorando-se a existência de outra seita religiosa entreos habitantes. Todas as vilas e povoados possuíam sua matriz. Em Vitória, os pretos– que nem mesmo liberdade tinham – davam-se ao luxo de um templo privativo.(71)
Os três únicos conventos – de S. Francisco e do Carmo, em Vitória; da Penha,em Vila Velha – estavam reduzidos ao mínimo, embora todos fossem proprietários deprédios na Capital, e o santuário da Penha tivesse renda apreciável nas esmolas dos fiéis.
Todas as vilas e a cidade de Vitória possuíam seu Paço do Conselho, que serviade Câmara e alojamento para “alguma pessoa de consideração que esteja ou passe emserviço”. Digno de menção era o edifício do antigo Colégio dos jesuítas, que abrigava,além de outras repartições, a Junta da Fazenda Pública e a Administração dos Correios. O Hospital da Misericórdia – no conceito do presidente – era magnífico para a terra.(72)
NOTAS
(71) - “Há duas igrejas privilegiadas – o colégio dos extintos jesuítas fundado em 1551pelo padre Afonso Brás da Companhia de Jesus e a Misericórdia principiada antes de 1605./ Há quatro igrejas filiais que são S. Gonçalo, Santa Luzia, Conceição e Rosário dos Pretos.
Há uma capelania curada na povoação de Viana. Há três capelas, uma em Carapina e duasem Jucu. Cada uma das vilas e povoações tem uma matriz, servindo de tal em Benevente eNova Almeida os colégios dos extintos jesuítas” (Memória).
(72) - “...a casa é térrea e forma um quadrado de cento e sessenta palmos de lado: a áreada mesma figura de cinqüenta e cinco palmos de lado com uma porta principal e oito janelasenvidraçadas em cima de um morro de cento e cinqüenta palmos acima do nível do mar isoladae com seu cemitério amurado a cento e cinqüenta braças distante, forma agradável perspectiva, sendo as paredes e alicerces próprios para sustentar um ou dois andares de sobrado” (Memória).
Fonte: História do Estado do Espírito Santo, 3ª edição, Vitória (APEES) - Arquivo Público do Estado do Espírito Santo – Secretaria de Cultura, 2008
Autor: José Teixeira de Oliveira
Compilação: Walter Aguiar Filho, abril/2018
Pero de Magalhães de Gândavo, autor da 1ª História do Brasil, em português, impressa em Lisboa, no ano de 1576
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