O Convento de São Francisco

O Convento de São Francisco, o mais antigo do sul do Brasil, foi a primeira habitação que teve água a domicílio. O guardião Frei Paulo de Santo Antônio deve ter sido o primeiro entendido na arte de nivelar, topógrafo, digamos assim, na vila de Vitória. Foi o construtor do aqueduto que trouxe água da Fonte Grande para a cozinha do Convento (1643), donde se tirou um ramal, em tubo de ferro para o chafariz, que durou até o começo do século, fronteiro ao edifício da Maçonaria (1737).
Em 1744, quando se levantou o clássico cruzeiro, murou-se a ladeira nos dois lados, para facilitar o acesso das devotas até a portaria do Convento. As torres foram beneficiadas entre aquele ano e o de 1781, conforme atesta a cartela, que o estucador deixou gravado no nicho dos sinos.
Quem entalhou os alteres foi Frei Cosme de S. Damião (1617).
São Francisco, padroeiro da Ordem, encimava o altor mor, e nos nichos laterais, ficavam as imagens de Sto. Antônio e São Benedito. A irmandade deste milagroso Santo, de tez africana, foi célebre e constituiu motivo de muita rixa entre os devotos.
Santo Antônio, a requerimento de Frei Amaro da Conceição, 21 de fevereiro de 1752, foi matriculado soldado na Companhia de Infantaria, vencendo, por mês, um vintém de cada praça e dois por oficial. Comandava a unidade militar o Capitão José Borges, servindo de Procurador, Falcão Gouvêa.
No chão de marinha, doado pela Câmara, no lado da Lapa, o guardião Frei Diogo de Santo Inácio constrói pequeno armazém e um cais para atracação de canoas, recebendo o nome de Cais São Francisco, atingindo a Rua Tapera.
Os franciscanos tiveram noviciados antes de os seus irmãos de Ordem tê-lo inaugurado no Rio de Janeiro (1638).
Praticaram a caridade e não se descuidaram da pobreza. Cumpriram a missão nobilitante que o “Pobre de Assis” lhes deixaram como herança mister.
Fonte: Biografia de uma ilha, Rio de Janeiro, Editora Pongetti, 1965
Autor: Luiz Serafim Derenzi
Compilado por: Walter de Aguiar Filho, julho/2012
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