Opinam os jesuítas sobre a Capitania do ES
“Esta Capitania se tem por a milhor cousa do Brasil depois do Rio de Janeiro”, opinava o padre Nóbrega em 1560.(31) Excessivamente generoso o juízo do célebre jesuíta. Dois anos depois, um seu irmão de hábito traçaria outro quadro bem diferente da melancólica realidade. Informaria que o Espírito Santo não recebia visitas dos navios do Reino “por não haver aqui engenhos d’açucar”; os padres (da Companhia de Jesus) muitas vezes deixavam de celebrar missa por falta de vinhos e padeciam “outras necessidades que seria largo contá-llas”. Possuíam “umas casinhas pobres com huma igreja da vocação de Santyago”, atendendo um dos dois padres a todas as exigências religiosas da população, por ausente ou inexistente o vigário. Não obstante as trágicas lições recebidas, os brancos perseveravam em impor cativeiro ao gentio, “cousa que os nossos Padres nunca poderam estorvar”, embora fossem grandes o prestígio dos inacianos e a devoção à Companhia.(32)
NOTAS
(31) - Cartas, III, 242.
(32) - Carta do Brasil, do Espírito Santo, para o padre doutor Torres, Lisboa, por comissão do padre Brás Lourenço, de dez de junho de 1562, in Cartas, III, 462-8.
Fonte: História do Estado do Espírito Santo, 3ª edição, Vitória (APEES) - Arquivo Público do Estado do Espírito Santo – Secretaria de Cultura, 2008
Autor: José Teixeira de Oliveira
Compilação: Walter Aguiar Filho, maio/2017
Pero de Magalhães de Gândavo, autor da 1ª História do Brasil, em português, impressa em Lisboa, no ano de 1576
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