Viagens à Capitania do ES (Cap. I) - Por Bruno César Nascimento
Uma terra exótica e restrita. Misteriosamente selvagem e com riquezas inimagináveis. Acima de tudo, cercada e marcada pela brutalidade de seus nativos, que, sem o menor pudor, devoravam àqueles que são diferentes e alheios as suas crenças e práticas. Definitivamente o Novo Éden.
Essa é uma das possíveis descrições idílicas e fantasiosas que predominou e norteou os relatos dos viajantes de diversas nacionalidades que estiveram por essas paragens, e que se perpetuou desde a “certidão de nascimento” do Brasil, como pode ser percebido nas palavras de Claude Lévi-Strauss, por ocasião de sua vinda ao Brasil como professor da Universidade de São Paulo na década de 1930. O Antropólogo revelou que ao sair da Europa possuía a seguinte perspectiva do Brasil: “O Brasil esboçava-se em minha imaginação como feixes de palmeiras torneadas, ocultando arquiteturas estranhas, tudo isso banhado num cheiro de defumador”(8).
A Terra da Felicidade (9) seguiu cercada de fantasias e mistérios, como os amplamente difundidos pelos relatos dos mareantes que por aqui estiveram no século XVI, a exemplo do missionário calvinista Jean de Léry (1578), (10) que esteve no Brasil durante o processo de instauração da França Antártica, e do mercenário alemão Hans Staden (1557), sendo que o relato desse “teve nada menos que dez reedições em cinco anos, foi rapidamente traduzida para o holandês (1558), para o latim (1559) e para o flamengo (1560), bem como para o inglês e o francês”(11).
Relatos que eram marcados por uma linguagem carregada de metáforas e sujeitos a uma simbologia predominantemente cristã, de caráter tanto católico, quanto protestante, que, por diversas vezes, devido ao desconhecimento da cultura daqueles que por aqui estavam e, principalmente, pela barreira da língua, acabaram por deturparem a realidade cultural, social e humana do Novo Mundo.
Outro fator preponderante para a compreensão do tipo de relato construído é o conhecimento prévio da atividade exercida por aquele que escreve, pois isso auxilia na compreensão do tipo de olhar lançado sobre o contexto, isso porque, segundo Mirian Moreira Leite,
a lista de profissões era extensa. Entre eles estavam professores, governantas, pastores protestantes, missionários, cientistas, representantes diplomáticos, oficiais da marinha, advogados, comerciantes, soldados, artistas, artesãos, naturalistas, mercenários, aventureiros, etc (12).
O fato é que durante os séculos que se seguiram, diversos outros relatos floresceram sobre a Terra Brasilis. Espanhóis, em sua peregrinação as terras dos veios de prata, holandeses, que ocuparam o nordeste brasileiro, franceses e ingleses. Um movimento contínuo de narrativas construídas, principalmente, durante o processo de disputa e expansão das possessões coloniais que se deu durante os séculos XVI e XVII, mas que sofreu drástica redução após a definitiva instalação do monopólio português sobre o território da colônia do Brasil e do decreto de restrição de estrangeiros em territórios ultramar.
Entretanto, com a franca expansão do espírito iluminista pela Europa do século XVIII retoma-se o processo de peregrinação pelos domínios coloniais, agora, com vistas à construção de um conhecimento global e total, tendo a História Natural e a Biologia como elementos norteadores, afinal, a experiência é um elemento central no processo de racionalização iniciado no século XVII, e que possui a observação como um dos pilares da fundamentação do conhecimento, dessa maneira, “um cego do século XVIII pode ser perfeitamente geômetra, não será naturalista”(13).
Dentro desse contexto de experiência e observação como elemento constitutivo de um determinado saber, Magnus Roberto de Mello Pereira e Ana Lúcia Rocha Barbalho da Cruz defendem que
se, para o naturalista do século XVIII, a viagem se impunha como experiência indissociável da prática científica, por outro lado, a ideia de viagem instrutiva arrebanhava inúmeros adeptos entre os europeus cultos. O mundo natural, decodificado pelas ciências da natureza, parecia excitar a curiosidade de homens e mulheres instruídos. Aqueles que dispunham de recursos, viajavam, os que se deixavam ficar, deliciavam-se em colecionar “exotismos” da natureza transformados em índices de atualização cultural e erudição (14).
No caso português, esse processo de observação teve início com a instauração das chamadas Viagens Philosóphicas, organizadas pelo Ministro do Ultramar Martinho de Melo e Castro e pelo naturalista Domingos Vandelli, caracterizadas
pela pretensão enciclopedista de produzir um conhecimento extensivo e detalhado do território visitado. O levantamento minucioso e exaustivo a que devia proceder o viajante naturalista não se restringia às produções do mundo natural, mas abarcava também a investigação sobre a “natureza humana” dos habitantes autóctones (15).
A exemplo de outras grandes Sociedades Científicas europeias, Portugal viralizou expedições por todos os seus domínios e apoiou oficialmente tais empresas por meio de seu Ministério de Ultramar, que mirando melhores condições de envio e conservação das espécies coletadas, encomendou e editou manuais de trabalho, tais quais Viagens filosóficas ou dissertação sobre as importantes regras que o Filósofo Naturalista nas suas peregrinações deve principalmente observar (1779) de Domingos Vandelli, Breves instrucçoens aos correspondentes da Academia das Sciencias de Lisboa sobre as remessas dos productos e notícias pertencentes a história da Natureza para formar um Museo Nacional (1781) da Academia de Ciências de Lisboa, Méthodo de recolher, preparar, remeter e conservar os produtos naturais. Segundo o plano que tem concebido, e publicado alguns naturalistas, para o uso dos Curiosos que visitam os sertões, e costa do Mar (1781) de autoria não identificada, entre outros.
Outra ação do governo português, que contribuiu imensuravelmente para o aumento do fascínio pelas terras brasileiras, nesse processo de racionalização das ciências naturais, foi o aumento significativo da restrição, surgida no século XVII, de acesso estrangeiro a terras que estivessem sob a égide portuguesa,(16) pois, “recolher e dar a conhecer o maior número possível de espécies tornara-se uma questão nacional”,(17) afinal, os “álbuns eram, sobretudo, evidências do poder das nações que patrocinavam as missões e possuíam conhecimento e recursos das terras americanas, ainda mal conhecidas”(18).
Para Jean Marcel Carvalho França,
Em virtude dessa postura xenófoba e lacônica de Portugal, a narrativa de viagem transformou-se num dos poucos instrumentos de que dispunha o europeu medianamente culto para conhecer um pouco o exótico Brasil. Destarte, acabou por ser das notas quase sempre apressadas tomadas por aventureiros durante curtas arribadas em portos brasileiros que, por mais de três séculos, os habitantes da velha Europa tiraram os subsídios para compor a sua imagem do mundo que o português estava construindo nos trópicos (19).
Tal restrição aos estrangeiros perdurou até a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil no ano de 1808, quando o acesso a terras brasileiras ganhou fôlego após a abertura dos portos às nações amigas, da institucionalização das missões artísticas e científicas e do tratado de paz com a França em 1815, assinado após a derrota de Napoleão Bonaparte.
Isso fez com que os anos posteriores a 1808, até a virada para o século XX, fossem notadamente marcados pela presença desses interlocutores estrangeiros que levavam a outras nações as suas impressões, vislumbres e espantos sobre essa terra “onde tudo que se planta, dá” (20).
O fato é que, por mais que Claude Levi-Strauss tenha desdenhado e demonstrado asco à literatura de viagem,(21) a mesma se tornou altamente consumida, tanto por leigos, quanto por doutos, pelo fascínio que a mesma traz aos seus leitores, transpondo-os às profundas selvas brasileiras ou às bravias savanas africanas. Até mesmos as literaturas ficcionais, que utilizam do artifício de transposição do leitor, são avidamente devoradas, dadas as suas riquezas de detalhes e profunda penetração no imaginário social, exemplos clássicos são as obras de Júlio Verne, Agatha Christie e, mais recentemente, Dan Brown.
A repulsa por esse tipo de literatura, expressado claramente por Levi-Strauss, está no fato de que os “grandes viajantes” realizavam a construção de relatos que via o outro, no entanto, não compreendia o outro. Uma representação realizada por personagens deslocados da realidade local, que possuíam uma clara e preponderante carga identitária e que não se enxergava na diferença, contribuindo, dessa maneira, para o aumento do abismo que havia entre os diversos tipos e estágios de civilização. Confronto que chegou ao seu ápice no século XIX, principalmente após a chegada da Família Real que impôs ao Brasil, um indiscutível processo civilizador embasado em moldes europeizantes.
Apesar de todas as construções, algumas vezes idílicas, outras depreciadoras sobre o Brasil, o fato é que, inegavelmente, os viajantes estrangeiros nos deixaram relatos fundamentais sobre parte do cotidiano brasileiro nos séculos passados. Uma visão de nós a partir do “outro”, ou nos termos de Norbert Elias, do outsider. Uma história reveladora e em alguns momentos perturbadora, no entanto, uma história que nos interessa, nos diz respeito, e acima de tudo, que nos pertence e que auxilia na compreensão da formação cultural e do povo brasileiro, afinal, como já dito por José Honório Rodrigues,
A literatura de viagem é fundamental para a reconstrução histórica. Ela fornece ao historiador a imagem que os estrangeiros fazem de nós, sempre tão diferente da ideia que nós mesmos fazemos da nossa terra e da nossa gente e da própria história que produzimos e que os historiadores procuram recriar(22).
Inquestionavelmente, as literaturas de viagem, mesmo nos dias atuais, continuam a seduzir, encantar e a colecionar um público cada vez maior e mais cativo. Relatos como o do antropólogo alemão Paul Ehrenreich (2014), da princesa Bávara Therese Charlotte (2013) e do comerciante francês Paul Walle (2015), recém traduzidos e analisados por Júlio Bentivoglio, trazem o cotidiano da vida capixaba a partir da segunda metade do século XIX e as incursões ao interior que buscavam “desvendar” os mistérios dos selvagens e assustadores botocudos. Já trabalhos como os desenvolvidos por Mintaha Alcuri Campos (2014), Júlia Louisa Keyes (2013), Hugo Wernicke (2013) e Johann Jakob Von Tschudi (2004) tiveram como alvo de descrição as imigrações estrangeiras e a instalação de diversos povos e etnias em solo capixaba. Até mesmo o Imperador D. Pedro II produziu uma vasta literatura de viagem, tendo o diário que descreve sua passagem pela província do Espírito Santo, no ano de 1860, transcrito e editado por Levy Rocha (2008), e a atualidade da leitura nos trouxe a obra de Cilmar Franceschetto, Victor Frond – 1860 (2015).
A atualidade dos resgates das literaturas de viagem torna possível o ressurgimento de grandes obras publicadas sob essa bandeira que, de maneira significativa, contribuíram para a compreensão do Brasil, ou melhor dizendo, dos Brasis, nesse caso em particular, as obras do naturalista e etnólogo Prince Alexander Philipp Maximilian Zu Wied-Neuwied, conhecido como Príncipe Maximiliano de Wied-Neuwied, Viagem ao Brasil (1820), e do botânico e naturalista Auguste de Saint-Hilaire, Segunda Viagem ao interior do Brasil: Espírito Santo (1833), que foram produzidas a partir de suas respectivas visitas em 1817 e 1818, e que hoje, encontram-se às vésperas de comemorar 200 anos, por isso merecem significativa atenção.
No caso do Príncipe Maximiliano de Wied-Neuwied sua viagem teve a duração de dois anos (1815 - 1817) e percorreu as capitanias do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia.
Possivelmente Maximiliano tenha sido o primeiro viajante estrangeiro, com intenções voltadas à pesquisa científica e autorizado pela coroa portuguesa a sistematizar e publicar um estudo sobre o Brasil, visto que os relatos descritivos que o antecederam eram embasados em diários de viagens e impressões, geralmente superficiais, que seus autores possuíam de nossa terra e nossa gente.
Considerado como um dos pais fundadores dos estudos etnográficos no Brasil, Maximiniano de Wied-Neuwied teve contato com diversas etnias indígenas ao longo de seu trajeto, entre elas Botocudos, Coroados, Coropós, Capoxo, Cumanaxo, Guerén, Kamakã, Maxakali, Maconi, Malali, Menién, Panhame, Puris, e Pataxós, o que lhe permitiu uma análise complexa e mais profunda das populações nativas do Brasil.
Segundo Igor de Lima e Silva “o trajeto executado pelo viajante, do Rio de Janeiro até a Bahia, não coincidiu com o de nenhuma outra expedição estrangeira”,(23) o que faz com que a análise de Maximiliano caracterize-se como de grande relevância, tanto para a História Natural, como para diversas outras ciências, tais como a botânica, biologia e ornitologia, visto o rico descritivo de uma área hoje ameaçada, que é a Mata Atlântica, além da antropologia, da história, e da geografia.
Francisco Adolpho Varnhagen afirma que:
Do príncipe Maximiliano cumpre-nos dizer que além de que, na sua viagem por terra do Rio à Bahia, pelo Espírito Santo, llheos e Porto Seguro, fez várias observações importantes não só geographicas, como relativas à historia natural, elle foi o primeiro que, com estampas fielmente copiadas e gravadas, offereceu à Europa quasi como photographia dos os aspectos physionomicos dos nossos Indios (24).
Quando publicada na Europa em 1820, a obra Viagem ao Brasil rapidamente se espalhou pelo continente, sendo traduzida para o inglês, francês, italiano e holandês. A contribuição de Maximiliano na sistematização da flora, da fauna e das populações indígenas brasileiras, certamente fomentou futuras visitas ao Brasil e à Capitania do Espírito Santo, como é possível assistir nos relatos de seu contemporâneo Auguste de Saint-Hilaire, e nos daqueles que visitaram o Brasil na segunda metade do século XIX, a exemplo de Paul Ehrenreich e Teresa da Baviera, além de colocar “em dúvida a prática da antropofagia tão fortemente imposta às populações indígenas do Brasil” (25).
Já Auguste de Saint-Hilaire, nomeado como “notável amigo do Brasil” por Varnhagem, possivelmente foi, entre os inúmeros viajantes estrangeiros, o que mais permaneceu e viajou pelo Brasil. Com uma missão estrangeira que durou cerca de seis anos, Saint- -Hilaire esteve presente nas capitanias do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, chegando a alcançar até mesmo a Cisplatina. Essa vasta experiência adquirida e vivida fez com que o mesmo registrasse diversos aspectos da vida cotidiana da gente da terra, versando sobre economia, estatística, costumes, política, biografia, artes, geografia e história, o que acabou por ser extrapolado na gigantesca obra Voyage dans le district des Diamans et sur le littoral du Brésil (1833 - 2 v.), além desse
publicou trabalhos científicos sobre a flora brasileira e deu algumas contribuições de valor ao estudo das línguas indígenas, apresentando, entre outros, pequenos vocabulários malali, monoxó, macuni, maxacali e coroado (27).
A parte dessa gigantesca obra dedicada ao Espírito Santo está compreendida entre os capítulos VII e XV do tomo II do segundo volume, e aborda assuntos tais como: panorama geral da Capitania do Espírito Santo, reproduzido por Carlos Madeira na Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo no ano de 1935; os índios; as vilas de Itapemirim, Benevente, Vitória, Nova Almeida, Viana; dentre outros.
Assim, se em seu primeiro instante, os relatos de Maximiliano de Wied-Neuwied e Auguste de Saint-Hilaire permitiram aos seus leitores um vasto acesso ao Brasil que lhes era contemporâneo, hoje permite a imersão do leitor e, principalmente do historiador, no cotidiano daquele Espírito Santo do século XIX, servindo quase como uma máquina do tempo, descrevendo, com o máximo de detalhes, que era característico dos autores, um passado belicoso àqueles que se arriscavam em demasiado, para que hoje fosse possível realizarmos uma boa viagem!
NOTAS
(8) LÉVI-STRAUSS, Claude. Tristes trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 45.
(9) Uma das possíveis traduções de “Hy Brazil”, nome dado ao conjunto de ilhas míticas da cultura céltica e irlandesa que descreve a presença de uma terra repleta de paz, felicidade e livre de preocupações e doenças. Uma terra onde predomina a abonança. Cf. VAINFAS, Ronaldo (org.). Dicionário do Brasil Colonial (1500 – 1808). Rio de Janeiro: Objetiva, 2000, p. 81-82; ABREU, Capistrano. O descobrimento do Brasil. Brasília: Editora UNB, 2014, p. 125; KANGUSSU, Imaculada. Brasil e as utopias. Trama disciplinar, São Paulo, v. 5, n. 2, p. 23-24, 2014.
(10) Cf. LÉRY, Jean de. História de uma viagem feita à Terra do Brasil, também chamada América. Trad. Maria Ignez Duque Estrada. Rio de Janeiro: Fundação Darcy Ribeiro, 2009.
(11) BUENO, Eduardo. Como era gostoso Hans Staden: um livro para devorar. In.: STADEN, Hans. Duas viagens ao Brasil: primeiros registros sobre o Brasil. Trad. Angel Bojadsen. São Paulo: L&PM Pocket, 2008, p. 11.
(12) SARAT, Magda. Literatura de viagem: olhares sobre o Brasil nos registros dos viajantes estrangeiros. Patrimônio e Memória, São Paulo, v. 7, n. 2, p. 38, 2011.
(13) FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas. 8 ed. Trad. Salma Tannus Muchail. São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 142.
(14) PEREIRA, Magnus R. M.; CRUZ, Ana Lúcia R. B. O viajante instruído: os manuais portugueses do iluminismo sobre métodos de recolher, preparar, remeter, e conservar produtos naturais. In.: DORÉ, Andréa; SANTOS, Antonio C. A. Temas Setecentistas: governos e populações no Império Português. Curitiba: UFPR/Fundação Araucária, 2009, p. 247
(15) CRUZ, Ana Lúcia R. B. da. Verdades por mim vistas e observadas Oxalá foram fábulas sonhadas: cientistas brasileiros do setecentos, uma leitura auto-etnográfica. Tese (Doutorado em História). Programa de Pós Graduação em História, Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2004, p. 123.
(16) O caso mais emblemático de restrição ao território brasileiro foi o de Alexander Von Humboldt no ano de 1800. Segundo Levy Rocha “em março de 1800, o Barão de Humboldt e o cientista Aimé Bompland, integrante da comitiva, preocupados em descobrir a ligação dos rios Orenoco e Amazonas, embrenharam-se na selva brasileira. Um soldado da guarnição fronteiriça com a Venezuela, julgando-os espiões, deu-lhes voz de prisão.” ROCHA, Levy. Viajantes estrangeiros no Espírito Santo. Brasília: Editora de Brasília, 1971, p. 18.
(17) PEREIRA, Magnus R. M.; CRUZ, Ana Lúcia R. B. O viajante instruído... Op. cit., p. 242.
(18) BELLUZZO, Ana Maria. A propósito d’ o Brasil dos viajantes. Revista USP, São Paulo, n. 30, p. 8 – 19, 1996.
(19) FRANÇA, Jean Marcel Carvalho. Imagens do Brasil nas relações de viagem dos séculos XVII e XVIII. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 15, p. 8, 2000.
(20) Cf. Carta de Pero Vaz de Caminha ao Rei D. Manuel.
(21) Cf. LEVI-STRAUSS, Claude. Tristes trópicos. São Paulo: Editora Anhembi Limitada, 1957.
(22) RODRIGUES, José Honório. Viajantes do Brasil no século XVII. Revista de História, São Paulo, n. 37, p. 155, 1959.
(23) SILVA, Igor de Lima. Viagem ao Brasil: produção e circulação entre o público europeu do século XIX. Clio: Revista de pesquisa Histórica, Recife, n. 32, p. 176 - 195, 2014.
(24) VARNHAGEN, Francisco Adolpho. História Geral do Brazil: antes da sua separação e independência de Portugal. 2. ed. rev. T. II. Rio de Janeiro: E & H. Laemmert, 1877, 2 v, p. 1178.
(25) SILVA, Igor de Lima. Viagem ao Brasil ... Op. cit., p. 184.
(27) OBERACKER, Carlos. Viajantes, naturalistas e artistas estrangeiros. In.: HOLANDA, Sérgio Buarque (org.). História geral da civilização brasileira: o Brasil monárquico. T. II. Vol. 1. Rio de Janeiro: Editora Bertrand do Brasil, 1993, p. 121.
PRODUÇÃO
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Projeto Gráfico e Capa
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Agradecimentos
Grupo de Trabalho Paisagem Capixaba
Impressão e Acabamento
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Fonte: Viagens à Capitania do Espírito Santo: 200 anos das expedições científicas de Maximiliano de Wied-Neuwied e Auguste SaintHilaire/ 2. ed. rev. amp. Vitória, Arquivo Público do Estado do Espírito Santo, 2018
Autor: Bruno César Nascimento
Compilação: Walter de Aguiar Filho, setembro/2020
Pero de Magalhães de Gândavo, autor da 1ª História do Brasil, em português, impressa em Lisboa, no ano de 1576
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