A Bacia de Ouro da Cobiça – Por Maria Stella de Novaes
Chama-se Cobiça um lugar, no Município do Cachoeiro do Itapemirim, na margem da Estrada de Ferro Leopoldina, entre a Fazenda Cachoeira Alegre e o Sítio Volpato. Tem uma "Parada". Lugar bonito, cercado de montanhas, coberto de matas primitivas, quando o conhecemos. Formado pelas serras do Maquiné e da Cachoeira Alegre, existia um fosso, desfiladeiro profundo, misterioso, então, porque inteiramente oculto, na espessura da floresta! Devia ser um refúgio de serpentes e outros animais temíveis.
Diziam os sitiantes que era uma Bacia de Ouro!
Contava-nos uma didi que, à noite, fadas e anões, vindos pelas cristas das montanhas, reuniam-se, ali, para regalados festins. Desciam ao subterrâneo, palácio maravilhoso, em escadas de lianas floridas. Dançavam. Valsavam, no salão dourado, iluminado com a profusão de pedras raras, incrustadas nas paredes, e que refletiam raios especiais, que a Lua enviava, através da abertura do fosso. Completavam a iluminação o reluzir de miríades de vagalumes, e lanternas de jiquitiranabóia.
Dispunham de orquestra própria, superior às bandas de música dos homens.
Há muitos anos, não vamos à Cobiça, nem mesmo, por ali, passamos, de trem.
— Existirá ainda a Bacia de Ouro, coberta de mata virgem, ou terá desaparecido destruída pela dendroclastia, que vem liquidando a beleza e a poesia dos sítios capixabas?
Fonte: Lendas Capixabas, 1968
Autora: Maria Stella de Novaes
Compilação: Walter de Aguiar Filho, maio/2016
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