Barão de Timbuí
Político capixaba. Pesquisas genealógicas recentes indicam que talvez seja irmão da mãe do barão de Aimorés, o que o faria nascido em São Mateus, nos primeiros anos do século XIX. Deputado provincial (1870-1871), (1872-1873), (1874-1875). No seu ato de nomeação é citado por relevantes serviços prestados à humanidade, à linha telegráfica do norte e em relação à Guerra do Paraguai. Agraciado com o título em 16.IX.1874
Um dos homens mais ricos do império, o fazendeiro Olindo Gomes dos Santos Paiva, o Barão de Timbuí, deixou uma contribuição importante para nossa história: foi um dos financiadores do telégrafo no Brasil (1852), o que inclusive, lhe teria rendido o título de nobreza. Segundo relato do escritor e historiador Maciel de Aguiar, homem voltado para as letras e a ciência, D. Pedro II participou de uma exposição nos Estados Unidos, onde teria tido o primeiro contato com o aparelho.
Entusiasmado, chegou ao país repleto de idéias, mas não dispunha de recursos para bancar o empreendimento.
Sabendo do fato, o barão teria escrito carta ao imperador dizendo que contribuiria com o financiamento do projeto.
Rico, com uma boa fortuna construída a partir da produção de açúcar mascavo, inhame, farinha de mandioca e abóbora, o barão dispunha de todas as qualidades indispensáveis para a época - possuía várias posses (a vila de Itaúnas teria surgido de uma de suas fazendas), era solteiro e ostentava um título de nobreza.
Por isso mesmo, era cortejado pela elite escravocrata que queria casá-lo a qualquer custo.
O Barão de Timbuí morreu sem deixar herdeiros oficiais.
"Convidado a frequentar a casa-grande, fugia à noite para a "quartaria" onde dormia com as mucamas. Em suas idas ao Rio de Janeiro, escolhia até 15 negras para levar na viagem", relata o historiador.
Barão de Timbuí (1874-1883)
Olindo Gomes dos Santos Paiva
(?, ?-?, 19.VIII.1883)
Fonte: A Tribuna (29/7/2007)
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