Morro do Moreno: Desde 1535
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Ponta de Ubu

Ponta de Ubu

Antes ali viviam os botocudos. Durante muitos anos eles foram os donos absolutos daquelas terras. Empunhando o arco e a flecha, estes indígenas dominavam toda a costa compreendida hoje entre as cidades de Marataízes e Vitória.

Mais tarde surgiram os Goitacazes, da brava nação dos Tamoios, que se instalaram por todo o litoral, passando a viver uma existência tranqüila, vez por outra abalada por pequenas guerras, para garantir seus limites. Até que um dia, ao longe, despontou uma vela. Era a caravela "Glória", que trazia o donatário Vasco Fernandes Cantinho, nobre português nomeado por Dom João III, Rei de Portugal, capitão-mor daquelas terras.

Então as coisas começaram a mudar. Homens altos, de pele branca, desembarcaram nas praias, empunhando estranhos instrumentos. Pareciam deuses saídos das profundezas do mar e como deuses foram tratados. O desembarque ocorreu na atual Prainha, em Vila Velha, depois das explorações de praxe, à procura de um porto seguro. Logo os habitantes da terra, nus e portando arcos e bordunas recepcionaram os visitantes com gritos e algazarras.

Temerosos das reações daqueles povos desconhecidos, os brancos fizeram ecoar os canhões troantes de bordo, aturdindo os aborígenes e fazendo-os fugir para a mata espessa. A História assinalava o dia 23 de maio de 1535. Era domingo de Pentecostes. Daí o nome de Espírito Santo com que batizaram aquela região. Registra Gabriel Soares de Souza, em obra datada de 1587, que a povoação então fundada foi denominada de Vila de Nossa Senhora da Vitória.

Se Vasco Coutinho, o donatário, acabou falhando, o mesmo não aconteceu com Pedro Palácios, frei de vontade férrea, que no alto de um penhasco conseguiu construir um fortim inexpugnável que atravessaria os séculos.

E o tempo correu... Piratas, bucaneiros, corsários, franceses e holandeses, todos queriam uma fatia daquela torta. Mas os invasores foram repelidos. E vieram mais portugueses. Com eles foram nascendo os engenhos. E aquelas paragens foram crescendo. De início, vagarosamente. Depois, em ritmo mais acelerado.

Os homens construíram portos, desmataram as selvas e formaram fazendas. Os rios foram levando a nova raça pela terra adentro. Vieram imigrantes. Venceram pântanos. As estradas subiram as serras. Ligaram cidades. O ferro de Minas abriu caminhos para o desenvolvimento. Indústrias foram implantadas.

Um governador mais corajoso importou da Europa uma ponte de ferro. Uma nova era despertava. O progresso começou a estender-se ao longo da costa. Os velhos saveiros foram substituídos por lanchas a vapor. Surge Guarapari, com suas areias monazíticas. E a ampulheta do tempo continua a correr... Uma empresa, denominada SAMARCO, começa a instalar-se em Ponta de Ubu. A paisagem é totalmente modificada.

 

Fonte: Complexo Samarco – Suplemento especial de A Gazeta, 29 de setembro de 1977
Compilação: Walter de Aguiar Filho, março/2015

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Um bacharel morando em Vitória em 1700

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